No TSE, Moraes consegue acordo com ministros para impedir adiamento de julgamento

O TSE julga Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Condenação e inelegibilidade são o cenário mais provável

Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)


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247 - Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes negociou internamente para evitar pedidos de vista e o consequente adiamento do julgamento que poderá tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos.

Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, Moraes conversou pessoalmente com os dois ministros mais alinhados a Bolsonarona Corte Eleitoral: Kassio Nunes Marques e Raul Araújo. "Nessas conversas, Moraes argumentou que seria ruim para o país e para o TSE que o processo se arrastasse por muito tempo, e insistiu que o tribunal precisa encerrar essa fase da discussão sobre as eleições de 2022", relata a jornalista.

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A estratégia de Moraes teria dado certo, segundo Malu Gaspar: tanto Nunes Marques quanto Raul Araújo prometeram proferir seus votos de imediato, sem pedido de vista. "O acordo vem sendo mantido no mais absoluto segredo para evitar o acirramento da pressão que os bolsonaristas têm feito, em público e nos bastidores, para que Nunes Marques ou Araújo peçam vista do processo", complementa.

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De acordo com Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro e seus aliados depositam suas últimas esperanças em Nunes Marques e em um adiamento: "apostamos em adiar por três meses na esperança que, neste período, algum fato novo surja que possa mudar o resultado final”, resume um interlocutor de Bolsonaro.

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