No poder, generais compram deputados do centrão com emendas

Ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, tem prometido a liberação de até R$ 5 milhões em emendas parlamentares, além de oferecer cargos, em troca do apoio à eleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara

Luiz Eduardo Ramos
Luiz Eduardo Ramos (Foto: Anderson Riedel/PR)


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247 - Responsável pela articulação do governo Jair Bolsonaro com o Congresso, o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, tem prometido a liberação de recursos por meio de emendas parlamentares, além de oferecer cargos, aos deputados do centrão. O objetivo é conseguir apoio à eleição do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) para a presidência da Câmara. 

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, nas reuniões, realizadas no gabinete do ministro, no Palácio do Planalto, Ramos teria oferecido R$ 5 milhões em emendas para cada um dos deputados do PDT desde que a bancada apoie a condução de Arthur Lira ao comando da Câmara.

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Nesta linha, um grupo de deputados do PSB também teria participado de uma reunião no Planalto na última quarta-feira (9). No mesmo dia, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) defendeu que a legenda apoiasse a candidatura de Lira em uma discussão interna da legenda. Carreras, porém, nega que o assunto tenha sido discutido na reunião. 

Ainda conforme a reportagem, um dos principais objetivos de Ramos é conseguir votos dos deputados de partidos considerados mais à esquerda, como PSB e PDT, que podem definir a eleição para a mesa diretora da Câmara. 

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Nas conversas, além da liberação de emendas individuais, o governo também estaria oferecendo parte do orçamento dos ministérios, que poderiam ser aplicados diretamente por indicação dos parlamentares por meio das chamadas “emendas extraorçamentárias”. O valor para cada deputado chegaria a R$ 5 milhões. O governo, porém, nega a manobra. 

Em nota, a Secretaria de Governo ressaltou que possui o “papel institucional de receber parlamentares e servir como elo com os demais ministérios, bem como dialogar e informar a posição do governo quanto as pautas em discussão no Congresso”. 

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