"No Brasil de Bolsonaro, faltam caixões – e dá muita raiva", diz Haddad
Ex-prefeito compara o Brasil a Sucupira, mas lembra que, na ficção, o problema era a falta de cadáveres para o cemitério
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247 – O presidenciável Fernando Haddad escreve neste sábado, em sua coluna na Folha de S. Paulo, sobre as falas grotescas e absurdas de Jair Bolsonaro sobre a covid-19 e diz que as comparações entre Bolsonaro e Odorico Paraguaçu ganham destaque. "O humor que a isso se presta só pode ser aquele que reforça os estereótipos contra as vítimas históricas da selvageria brasileira. Não é o humor inteligente que ironiza a vilania dos poderosos. É a velha e sem graça piada racista, misógina, homofóbica, de classe, que busca legitimar pelo riso naturalizante a barbárie que nos assola", diz ele.
"A ironia da ficção era que, em Sucupira, algo líquido e certo como a morte não acontecia. O prefeito não conseguia inaugurar seu cemitério. O Odorico de hoje se insurge contra algo que era incerto, mas que apareceu surpreendentemente: a ciência nos ofereceu, em prazo recorde, não uma, mas várias vacinas contra o vírus letal. Faltavam cadáveres em Sucupira, e era divertido. No Brasil de Bolsonaro, faltam caixões, e dá muita raiva", aponta.
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