Nassif diz que O Estado de S Paulo "reedita o 'boimate' para atacar Grupo Prerrogativas". 'Boimate' foi erro histórico de Veja

Para editor do GGN, jornal repete padrão de erro da Veja ao inventar “reforma” do Judiciário inexistente. Diretor do Estadão, Alcântara é elo entre os episódios



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247 – A página de O Estado de S Paulo e a edição impressa do jornal paulista amanheceram nesta 2ª feira, 17 de janeiro, dando destaque a um texto que afirmava, em manchete: “advogados anti-Lava Jato propõe a Lula reformas dos conselhos da Justiça e do MP”. Segundo o repórter Luiz Vassalo, “advogados de perfil críticos à Operação Lava Jato e alinhados à candidatura petista buscam emplacar uma proposta de reforma do Judiciário no futuro plano de governo do ex-presidente”. A partir daí, são elencadas diversas mudanças no sistema judicial e se dá destaque, no texto do repórter, a alteração nos conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público. De acordo com Vassalo, o Grupo Prerrogativas liderava as proposições de alteração.

Por meio de uma breve e contundente nota, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, um dos fundadores e líderes do Prerrogativas, desmentiu de forma peremptória o texto do “Estadão”. Segue a manifestação de Carvalho, pelo Prerrô:

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O Grupo Prerrogativas, em razão de matérias que foram publicadas em jornais de grande circulação no dia de hoje, esclarece que:

1. A necessidade de se debater e aperfeiçoar o nosso sistema de justiça, em todos os seus mais amplos aspectos, foi e continua sendo um ponto de união entre todos os seus integrantes. 

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2. Não há, entretanto, nenhuma proposta formulada a respeito.

3. Curiosa, pois, a resistência a algo que sequer existe.

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4. No mais, e por fim, somos defensores conhecidos da independência do judiciário e do Ministério Público.

5. O que combatemos, desde sempre, é a instrumentalização das nossas instituições a serviço de interesses políticos e eleitorais".

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Editor do site GGN, o jornalista Luís Nassif enxergou muito além de mero erro do jornal paulista. No artigo “O Estadão reedita ‘Boimate’ para atacar o Prerrogativas”, Nassif escreve que “o Estadão é um jornal que critica a Lava Jato nos editoriais, mas é o principal instrumentalizador da operação, publicando com destaque – e acriticamente – seus releases”. Desde dezembro do ano passado o jornal O Estado de S Paulo e o portal da publicação na internet, além do serviço de Broadcast deles, tem o jornalista Eurípedes Alcântara como diretor editorial. Alcântara era o subeditor da revista Veja, em 1983, que deu crédito a uma piada de 1º de abril da revista britânica New Scientist. Fazendo troça, a publicação estrangeira inventou um cruzamento genético de gado bovino com tomates, o que daria uma carne que já seria uma espécie de filé à parmegiana na origem. Em texto produzido por um jovem Eurípedes Alcântara, Veja publicou a troça como verdade. Desmentiu-se na semana seguinte. “O 'boimate' ressurgiu hoje, nas páginas do Estadão”, escreve Luís Nassif. Para então fazer um link com o texto no mínimo equivocado de hoje em O Estado de S Paulo. “Recentemente, o Prerrogativas bateu pesado em Sérgio Moro, por sua proposta de reforma do Judiciário. O aquário do Estadão planejou, então, uma reportagem para atacar as propostas do Prerrogativas de reforma do Judiciário e do MInistério Público. Havia só um problema: o grupo jamais elaborou uma proposta nesse sentido”. No dialeto dos jornalistas, “aquário” é a sala de comando das grandes redações – remonta a um tempo em que repórteres e editores trabalhavam em grandes salões, reunidos, e os chefes ficavam separados dos demais refugiados em salas envidraçadas. Eurípedes Alcântara, que pontificaria no aquário do Estadão se ele ainda vigorasse – o trabalho remoto se impôs nas redações, durante a pandemia – foi o diretor de redação da Veja por todo o período dos governos Lula e Dilma Rousseff e liderou, a partir de sua posição de destaque na Editora Abril, uma verdadeira campanha editorial contra o PT durante as duas administrações na Presidência da República. Naquele tempo, Veja era ponta-de-lança de diversas acusações e maquinações da Lava Jato, da Procuradoria da República e do ex-juiz (suspeito e parcial, segundo o STF) Sérgio Moro.

A maneira como o jornal resolveu o dilema será conhecido, no futuro, como um clássico desses tempos bicudos”, diz Nassif. E prossegue: “A ordem foi: 

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  • Vamos cair matando em cima do projeto de reforma do Prerrogativa. 
  • Mas se ele não tiver? 
  • Basta supor que tenha.

E foi assim que a segunda matéria mais relevante da home do Estadão tem por título “Advogados anti-Lava Jato propõem a Lula reforma dos conselhos da Justiça e do MP”. E a adoção do juiz de garantias.”

Leia aqui a íntegra do artigo de Nassif no GGN.

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