"Não vence nem um cone", diz líder do PSL sobre Eduardo Bolsonaro
"Se você fizer a votação secreta não dá ele, se você fizer a votação aberta não da ele, se você botar um cone para disputar vai dar o cone", disse o líder do PSL no Senado, Major Olímpio, sobre o deputado Eduardo Bolsonaro
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Sputnik - O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, disse nesta terça-feira (22) que Eduardo Bolsonaro não venceria sequer um "cone" caso enfrente uma votação para se manter na liderança do partido na Câmara.
"Se você fizer a votação secreta não dá ele, se você fizer a votação aberta não da ele, se você botar um cone para disputar vai dar o cone", afirmou o Senador após reunião do diretório nacional da legenda em Brasília, segundo publicado pelo site Congresso em Foco.
Após duas semanas de disputa, o filho do presidente Jair Bolsonaro assumiu na segunda-feira (21) o cargo de líder do PSL na Câmara dos Deputados, no lugar do Delegado Waldir. Apoiadores de Eduardo entregaram uma lista com 28 assinaturas válidas pedindo a troca. O documento foi aceito pela presidência da Casa.
Troca de liderança apenas 'apagou incêndio'
Pouco antes da confirmação, o agora ex-líder divulgou vídeo reconhecendo que o posto havia mudado de mãos. O partido vive uma crise interna entre os bolsonaristas e os apoiadores do presidente do partido, Luciano Bivar. A mudança de liderança, no entanto, está longe de debelar o conflito.
Segundo Major Olímpio, a substituição serviu apenas para "apagar incêndio", pois Eduardo não teria respaldo dentro do PSL. Na reunião desta terça-feira, membros da legenda discutiram maneiras de melhorar a transparência do partido, como a criação de um conselho de ética, previsto para ser instalado nesta segunda-feira.
Punição para parlamentares
Além disso, foi debatida a suspensão ou até mesmo a expulsão de alguns parlamentares por questões disciplinares. Na segunda-feira, 19 deputados foram notificados de processo aberto pelo PSL. Eles terão cinco dias para apresentar defesa, contando a partir da formalização do conselho de ética.
Entre os possíveis punidos está o próprio Eduardo Bolsonaro. Caso ele seja suspenso, por exemplo, teria que deixar a liderança do partido na Câmara. Ainda há a possibilidade do presidente, seus filhos e alguns parlamentares da legenda mudarem de partido.
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