MP-TCU solicita apuração de crimes de Bolsonaro no uso do cartão corporativo
Petição cita, como exemplo, o fato de Carlos Bolsonaro ter utilizado o cartão para pagar diárias de hotel em Brasília quando trabalhava remotamente na pandemia de Covid-19
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247 - O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP do TCU), Lucas Rocha Furtado, pediu que o ministro do TCU, Antonio Anastasia, que defina critérios para o uso do cartão corporativo da Presidência da República, mencionando "abusos ou desvios apontados em sua utilização" durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), informa a colunista Juliana Dal Piva do portal UOL.
Após a definição (ou cancelamento) dos critérios por Anastasia, Furtado também solicita que o TCU envie cópia da representação a fim de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) inicie uma investigação criminal.
>>> Líderes do PT questionam no TCU gastos de Bolsonaro no cartão corporativo com motociatas
A petição de Furtado cita o fato de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ter utilizado o cartão para pagar diárias de hotel em Brasília quando trabalhava remotamente na pandemia de Covid-19. Com dinheiro público do cartão da Presidência, o vereador do Rio gastou R$ 3.200 ao todo em 11 diárias.
"Considerando que os fatos revelam que podem existir outros personagens que se aproveitaram indevidamente dos recursos do cartão corporativo da Presidência da República, solicito, em complemento, a ampliação da apuração de forma a abarcar a responsabilização de todos os agentes públicos que se locupletaram com mordomias à custa do erário", escreveu o subprocurador-geral do MP-TCU na petição.
Vale lembrar que Jair Bolsonaro também custeava motociatas com dinheiro do cartão corporativo, incluindo agendas oficiais em igrejas evangélicas e em cerimônias militares no roteiro de tais passeios de moto com apoiadores para justificar os gastos.
De acordo com o Estadão, "as viagens de Bolsonaro para promoção pessoal representavam despesas volumosas, tanto com a hospedagem de cerca de 30 servidores públicos que partiam de Brasília, como com a alimentação de aproximadamente 300 pessoas que davam suporte no local de destino".
Pensando nisso, líderes do PT também entraram com representação no TCU para apurar os gastos de Bolsonaro no cartão corporativo com motociatas e, se for o caso, promover as responsabilizações devidas.
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