Mourão antagoniza com Bolsonaro sobre relação com a China: temos que ser pragmáticos e flexíveis
Para o vice-presidente, general Hamilton Mourão, uma briga com a China poderá levar a complicações no setor da agricultura
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247 - O vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que o Brasil precisa ser “pragmático e flexível” com a China, em entrevista ao Uol, nesta quarta-feira (15). A declaração antagoniza com a política de Jair Bolsonaro, que junto com seus filhos e ministros alinhados ao guru do clã, Olavo de Carvalho, tem defendido uma política de submissão total aos Estados Unidos e de ataques à China.
"Nossa diplomacia tem tradição de sermos pragmáticos e flexíveis. Não temos poderio militar. Nossos hard power é nossa produção agrícola. É onde podemos sentar em qualquer mesa no mundo para discutir, porque alimentamos uma parcela enorme da população mundial", disse o militar.
Ele, porém, também buscou elogiar os EUA. "Temos que entender que os EUA são líderes da civilização ocidental, a qual pertencemos”, mas reforçou que “a China tem a segurança alimentar como um fator de preocupação permanente, com 1,4 bilhão de habitantes”, o que favorece a exportação brasileira. Desta forma, uma briga com o gigante asiático prejudicaria a agricultura brasileira. “Temos que saber jogar esse jogo. Pragmatismo e flexibilidade", destacou.
O militar ainda falou sobre as eleições presidenciais norte-americanas deste ano. Para ele, com a vitória de Joe Biden, do Partido Democrata, contra o atual presidente Donald Trump (Partido Republicano), “deverá haver alguma pressão de lá para cá”. “Temos que estar preparados para lidar com o novo governo", ressaltou.
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