Moro se une a Janaína Paschoal na defesa da golpista boliviana Jeanine Añez

Ex-juiz estranhou silêncio de muitos e considerou golpista presa política; Jeanine violou Constituição do seu país com apoio dos EUA, onde Moro viveu depois de romper com Bolsonaro

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)


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O ex-juiz Sergio Moro, julgado parcial e suspeito pelo STF no caso do ex-presidente Lula, saiu em defesa da golpista Jeanine Añez, que foi condenada a 10 anos de prisão por violar a Constituição de seu país e assumir a presidência da Bolívia, com apoio dos EUA.

"Jeanine Áñez assumiu a Presidência em virtude da renúncia de Evo Morales. Foi presa e condenada com a volta do regime bolivariano, ainda que sob outro presidente. É uma presa política nessa nova América Latina. Também estou surpreso com o silêncio de muitos", afirmou o ex-juiz.

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Moro manifestou apoio a Jeanine ao comentar o tuíte de Janaína Paschoal, que também havia defendido a golpista boliviana.


Leia a reportagem da Sputnik Brasil sobre a condenação de Jeanine:

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A Justiça boliviana condenou a ex-presidenta Jeanine Añez (2019-2020) a dez anos de prisão, na noite desta sexta-feira (10), devido a seu envolvimento no golpe de 2019, informou o Tribunal de Primeira Instância de La Paz.

O presidente da corte, Germán Ramos, leu a sentença citando crimes de violação de deveres, resoluções contrárias às leis do país e à Constituição Política do Estado (CPE, na sigla em espanhol), cometidos na ascensão da ex-presidenta ao poder, em novembro de 2019, após a renúncia de Evo Morales. Na ocasião, Morales havia conquistado um novo mandato como chefe de Estado, mas foi forçado a renunciar.

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Após mais de sete horas de deliberação, o tribunal também condenou a dez anos de prisão o ex-general de polícia Yuri Calderón e o ex-comandante-chefe das Forças Armadas Williams Kaliman Romero, ambos atualmente foragidos.

A parte acusadora, formada pelo Ministério Público, a procuradoria-geral da República, o ministério do governo e o Senado, pediram, em suas alegações finais, 15 anos de prisão para Áñez e os outros seis réus, membros da polícia e do alto comando militar.

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Dois generais das Forças Armadas, Sergio Orellana e Jorge Fernández Torranzo, que também estão foragidos, foram condenados a quatro anos de prisão.

Já os soldados Jorge Mendieta Ferrufino e Flavio Arce San Martín foram sentenciados a dois e três anos, respectivamente.

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O golpe de 2019

Em novembro de 2019, Añez assumiu temporariamente a presidência da Bolívia em meio a uma crise política e social, em que o ex-presidente Evo Morales (2006-2019) foi pressionado a renunciar devido a mobilizações cívicas, rebelião policial e sugestão das Forças Armadas bolivianas (FFAA, na sigla em espanhol).

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Em outubro de 2020, após a realização de novas eleições, Luis Arce, candidato aliado de Evo Morales e atual presidente, venceu a disputa em primeiro turno, com uma vantagem superior a 26 pontos sobre o principal adversário, o ex-presidente Carlos Mesa (2004-2005).

 

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