“Moro é um verdadeiro rato de esgoto”, diz Rui Costa Pimenta
Para o presidente do PCO, o ex-ministro é criador de Bolsonaro, uma vez que “foi uma peça chave no golpe [contra Dilma]” e, por isso, toda a sua atividade - como a perseguição a Lula e ao PT - resultou na eleição do atual governo. Assista
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247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, discutiu na TV 247 a crise do governo de Jair Bolsonaro após a saída de Sergio Moro do ministério da Justiça e a realização do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em aliança com a direita este ano. Para ele, “Moro é um rato de esgoto” e foi o “pai” de Bolsonaro, tendo abandonado o barco em meio à crise do governo.
Para Rui, o ex-ministro é criador do atual governo porque “foi uma peça chave no golpe [contra Dilma]” e, por isso, toda sua atividade - como a perseguição a Lula e ao PT - resultou em Bolsonaro. A crise entre o juiz e o presidente, segundo ele, se dá pelo fato de que Moro tem projetos políticos próprios. Entretanto, para ele, a imprensa e até a esquerda tem procurado apresentar Bolsonaro como o único problema do Brasil. Para o dirigente do PCO, porém, ele é apenas uma “faceta” do golpe de Estado, que foi dado por toda a direita.
Moro “é um verdadeiro rato de esgoto” porque frauda todos com quem se alia, disse Rui. “Bastou sair do governo que delatou todos os crimes cometidos pelo seu ex-chefe”. Mesmo assim, o jornalista reconhece que “a saída de Moro é uma crise do governo”, apesar de não afetar tanto a base bolsonarista, que foi atingida “de alguma maneira”, mas não essencialmente. “[A saída de Moro] não abalou profundamente Bolsonaro”, diz ele, porque “até o momento, a direita não conseguiu criar uma alternativa política” ao fascista.
Aliança com o “baixo clero”, Fora Bolsonaro e 1º de Maio
O dirigente do PCO avalia as novas alianças do bolsonarismo e diz que o presidente está procurando apoio com um setor menos influente do chamado centrão, como Roberto Jefferson - presidente do PTB. “Jefferson é o exemplo da verdadeira vigarice no Congresso brasileiro”, mas para este setor, entrar no governo “significa passar do 1º andar para o 2º”. Esta aliança se dá pela falta de apoio do governo federal em um setor majoritário da burguesia, diz ele.
O analista explica que o impeachment de Bolsonaro “é bem mais complexo” que o impeachment da Dilma, pois ainda há uma divisão nos diversos setores da burguesia: enquanto uma parcela ainda apoia o governo, outros acham-no insustentável. Por outro lado, quando foi realizado o impeachment da Dilma, a burguesia teve consenso. “A burguesia entrou em peso”, lembra ele.
Rui também criticou a realização do 1º de Maio - dia de luta histórico da classe trabalhadora - com setores da burguesia golpista, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para ele, isso é uma “desmoralização” e faz parte da política da união com setores golpistas.
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