Moro diz não pensar em eleições por "uma questão de dever de lealdade" a Bolsonaro

Ministro da Justiça, Sergio Moro, classificou as especulações sobre uma possível candidatura à Presidência nas próximas eleições como "intrigas" e que não pensa em disputar as eleições por “uma questão de dever de lealdade” a Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro e ministro Sergio Moro
Jair Bolsonaro e ministro Sergio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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Sputnik - O ministro da Justiça, Sergio Moro, classificou as especulações sobre uma possível candidatura à Presidência nas próximas eleições como "intrigas".

Com uma popularidade mais alta que o presidente Jair Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro declarou que não cogita concorrer nas eleições por “uma questão de dever de lealdade” a Bolsonaro e por não ter um “perfil político-partidário”.

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"Eu digo ao presidente que essas notícias sobre uma eventual candidatura minha são intrigas. Ele sabe que eu não vou ser candidato. Primeiro por uma questão de dever de lealdade. Como é que você vai entrar no governo e vai concorrer com o político que o convidou para participar?”, questionou Moro, em entrevista à revista Veja.

“Também não vou me filiar ao Podemos nem vou ser candidato a vice. Não tenho perfil político-partidário. Meu candidato em 2022 é o presidente Bolsonaro e pretendo fazer um bom trabalho como ministro até o fim”, acrescentou o ministro.

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De acordo com ele, a relação com o presidente "é muito boa". Moro disse ainda que nunca chegou "perto de pedir demissão".

Operação Lava Jato

Ao ser questionado sobre a sua conduta no comando da Operação Lava Jato, em particular após os vazamentos de mensagens pelo The Intercept, Moro afirmou que "não houve excessos" cometidos.

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"Não houve excesso, ninguém foi preso injustamente. Opinião de militante político não conta, pois desconsidera as provas", observou.

"Agora vem essa discussão de que a ordem das alegações finais seria um erro da Lava-Jato. Os avanços anticorrupção não são de propriedade de juízes ou procuradores. É uma conquista da sociedade, do país. É o país que perde com eventuais retrocessos", completou o ministro.

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