Moro compara Lula, que foi preso para não disputar a eleição, a Eduardo Cunha
Após o STF marcar o julgamento sobre a sua parcialidade nos processos contra o ex-presidente Lula, o agora ministro de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, resolveu falar sobre o assunto e comparou Lula com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. "O ex-presidente faz parte do meu passado", disse Moro.
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247 - No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) marca o julgamento que pode dar início ao desmonte por completo a Lava Jato, incluindo a suspeição de Moro, o fim das investigações ilegais da Receita Federal e Coaf e as condenações da Lava Jato em processos nos quais a acusação teve a última palavra, o ex-juiz e agora Justiça e Segurança Pública Sergio Moro concede entrevista em que compara o ex-presidente Lula, que foi preso para não disputar a eleição, a Eduardo Cunha.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ao ser questionado sobre como avalia a decisão do ex-presidente Lula de rejeitar a progressão de pena e o regime semi aberto por ser um preso politico, Moro voltou a usar o argumento de que outras instâncias endossaram a sua sentença. "Esse álibi que havia perseguição política é muito comum e foi usado por vários, inclusive pelo Eduardo Cunha. O ex-presidente faz parte do meu passado. O que existe são condenações em mais de uma instância. O foco no meu trabalho é uma forma de distorcer o que já aconteceu", disse.
Sobre a sua parcialidade nos julgamentos que eram notórias pelas decisões proferidas sem base em provas e foram escancaradas com as mensagens reveladas pela Vaza Jato, Moro afirmou que houve "uma invasão criminosa de aparelhos celulares dos procuradores" e chamou o conteúdo de "supostas mensagens cuja autenticidade não foi verificada". Vale lembrar que os procuradores não entregaram os celulares para a perícia da Polícia Federal e Moro disse que apagou o conteúdo das conversas.
Apesar de não reconhecer a autenticidade das mensagens, Moro diz: "Tirando todo o sensacionalismo, no que eu vejo que foi divulgado não existe nada que justifique a afirmação de afetação da imparcialidade da minha parte. O que existe é uma grande distorção do conteúdo dessas supostas mensagens e na divulgação delas com absoluto sensacionalismo".
Questionado se está preocupado com a decisão que o Supremo pode tomar sobre a prisão em 2.ª instância, o ex-juiz da Lava Jato disse que "qualquer decisão do Supremo tem que ser respeitada".
"O senhor teme que possa haver anulações em série de julgamentos e condenações da Lava Jato?", perguntou o jornalista. "Não vejo isso no horizonte. Não vejo a possibilidade de isso acontecer, anulações…."
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