Moraes retira sigilo de operação contra Bolsonaro por fraudar cartão de vacina e fala em 'organização criminosa'

Ministro definiu como "plausível, lógica e robusta" a linha da PF que aborda a possibilidade de Jair buscar vantagens ao inserir dados falsos sobre cartões de vacinação no SUS

Alexandre de Moraes, Mauro Cid Barbosa e Jair Bolsonaro
Alexandre de Moraes, Mauro Cid Barbosa e Jair Bolsonaro (Foto: ABR | Alan Santos/PR)


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247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo de sua decisão que autorizou a busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (3), informa o portal g1.

De acordo com o documento, o magistrado definiu como "plausível, lógica e robusta" a linha investigativa da Polícia Federal que aborda a possibilidade de Bolsonaro buscar vantagens para si mesmo e seus aliados ao inserir dados sobre cartões de vacinação fraudulentos nos sistemas do SUS. De acordo com a PF, a falsificação foi realizada para permitir que Bolsonaro e sua filha entrassem nos Estados Unidos sem restrições sanitárias.

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>>> Alvo da PF por fraudar cartão de vacina, Bolsonaro chora e diz que operação foi para "esculachar" (vídeo)

Moraes ainda mencionou a postura negacionista de Bolsonaro na pandemia para reforçar suas suspeitas: "diante do exposto e do notório posicionamento público de Jair Messias Bolsonaro contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta Suprema Corte, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas eleições gerais de 2022".

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O ministro ainda apontou indícios "absolutamente relevantes da ocorrência efetiva dos crimes" e apontou a existência de uma organização criminosa articulada envolvida na fraude bolsonarista: "são absolutamente relevantes os indícios da ocorrência efetiva dos crimes, especialmente no contexto agora noticiado de inserção de dados falsos em sistema de informações, o que indicaria, nos termos dos indícios já colhidos, a efetiva existência de uma organização criminosa articulada, com divisão de tarefas e de múltiplos objetivos, tanto no âmbito particular dos investigados, como em aspectos relacionados ao interesse público, em detrimento da credibilidade interna e externa do exemplar controle de vacinação nacional em pleno período pandêmico".

 Leia na íntegra a decisão de Alexandre de Moraes:

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