Ministros do STF consideram suspeição de Moro uma derrota política de Bolsonaro

Ministros da Corte consideram que Jair Bolsonaro foi derrotado politicamente, após o STF declarar Sérgio Moro suspeito. Voto do ministro bolsonarista Kassio Nunes Marques saiu desmoralizado da sessão da Segunda Turma

STF, Jair Bolsonaro, ex-presidente Lula e Sérgio Moro
STF, Jair Bolsonaro, ex-presidente Lula e Sérgio Moro (Foto: Agência Brasil)


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247 - Parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) considera uma grave derrota política de Jair Bolsonaro  a suepeição de Sérgio Moro no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (24) pela coluna de Bela |Megale, no jornal O Globo. 

Moro condenou Lula sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) e tirou o ex-presidente da disputa eleitoral de 2018. Menos de uma semana antes do primeiro turno do pleito, que tinha Fernando Haddad como candidato do PT, o então juiz divulgou o teor da delação premiada de Antonio Palocci para prejudicar a candidatura do Partido dos Trabalhadores. E, ainda durante a campanha eleitoral, recebeu o convite da equipe de Bolsonaro para ser ministro da Justiça. 

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Dos cinco ministros da Segunda Turma, dois votaram contra a suspeição de Moro - Kassio Nunes Marques, indicado de Bolsonaro à Corte, e Edson Fachin. Este último anulou as condenações do ex-juiz contra Lula sob o entendimento de que foram extraídos conteúdos de conversas de forma ilegal. O ministro, porém, não manifestou posição favorável à suspeição do ex-magistrado sob o argumentando que seria necessária uma ampla investigação, além dos diálogos obtidos pela defesa de Lula, apesar de todas as evidências de que Moro foi parcial para retirar o petista da eleição.

A ministra Cármen Lúcia, do STF, alterou seu voto de 2018 no julgamento sobre a suspeição de Moro e entendeu que o então magistrado, no âmbito da Lava Jato, foi parcial na condução dos processos contra o ex-presidente Lula. Com isso, a Corte declara Moro suspeito por um placar de 3 a 2.

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“Todo mundo tem direito a um julgamento justo, de um tribunal imparcial, com um juiz independente”, disse. No caso do Lula, em seu entendimento, houve “a quebra do direito de um paciente, que não teve direito a um julgamento imparcial”. Apesar de acolher o habeas corpus da defesa, ela considerou que Moro não deve pagar as custas dos processos.

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