Ministro Negromonte entra na rota da faxina
Imprensado por denncias de liberao de verbas milionrias para prefeitura comandada por sua mulher Eva Vilma, Mrio Negromonte, das Cidades, desagradou os chefes do seu partido, o PP
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Evam Sena_247, em Brasília – O cerco contra o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), está se fechando, o que faz dele o candidato com mais potencial para próximo atingido pela “faxina” da presidente Dilma Rousseff. Imprensado por denúncias, o ministro já perdeu o apoio de grande parte do seu partido e passa a ser ignorado pelo governo federal.
Sobre Negromonte, pesam várias denúncias. Ele é acusado de liberar recursos do ministério para obras em seus redutos eleitorais, como o município de Glória, na Bahia, cuja prefeita, Ena Vilma, é sua mulher. As obras seriam tocadas por empresas que fizeram doações para sua campanha a deputado no ano passado.
Vítima de fogo amigo dentro do PP, o ministro foi acusado também de pagar mensalinho para correligionários em troca de apoio. Além de ter pagado empresa que atuou em sua campanha eleitoral com verba indenizatória da Câmara, o que levantou suspeitas sobre suas contas eleitorais, Negromonte faz declarações desastrosas, que ligam o sinal vermelho no Planalto.
Os integrantes do PP avaliam como "insustentável" sua permanência no Ministério das Cidades. Dos 41 deputados do partido, somente 10 apoiam o ministro. Por conta de divergências internas desde a sua nomeação, a bancada na Câmara se dividiu e trocou a liderança de Nelson Meurer (PR), ligado a Negromonte, para Aguinaldo Ribeiro (PB).
O ministro passou a ser tratado como fantasma no governo e é excluído de decisões de sua própria pasta. Ele não foi convidado para reunião com Dilma Rousseff e outros três ministros para discutir projetos de transporte associados à Copa, no início de setembro, o que mostra o esvaziamento de seu poder.
Quem responde pelo programa Minha Casa, Minha Vida, carro-chefe do governo, é a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães. Ajustes no atual programa de transportes públicos foram feitos com funcionários do ministério.
O ministério das Cidades foi, dentre as áreas seis áreas com mais gastos em obras do governo, foi o que menos recebeu dinheiro este ano, 4% das despesas previstas. A média dos outros cinco ministérios (Transporte, Educação, Defesa, Saúde e Integração Nacional) é de 12%, e a dos demais, 7%.
Os deputados do PP já discutem nomes para substituir Negromonte e, entre eles, estão os insatisfeitos com a atuação do ministro. Fala-se nos nomes de Beto Mansur (SP), o ex-governador Esperidião Amin (SC) e o senador Ciro Nogueira (PI). O clima no ministério das Cidades vai depender do surgimento de novas denúncias, o que determinará se Negromonte espera até a reforma ministerial no fim do ano para ser demitido da pasta.
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