Mercadante defende Haddad candidato e diz que vai enviar o programa do PT para Boulos
Ex-ministro Aloizio Mercadante rebateu a crítica de Guilherme Boulos ao movimento do PT pela candidatura de Fernando Haddad
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247 - O ex-ministro Aloizio Mercadante disse na noite desta sexta-feira (5), em entrevista à TV 247, que “colocar o bloco na rua é um movimento indispensável para o PT”, ao comentar entrevista de Fernando Haddad à TV 247, que revelou o plano de Lula de colocar o ex-prefeito de São Paulo nas ruas para liderar o PT contra o governo de Jair Bolsonaro.
Haddad foi anunciado candidato caso Lula não possa concorrer em 2022 e foi colocado pelo ex-presidente como principal liderança para “colocar o bloco na rua” em defesa de seus direitos democráticos.
Mercadante defendeu essa ideia. “Pode ser que lá na frente Lula tenha chance de disputar, o que seria uma coisa extraordinária para ele se encontrar com o povo enquanto candidato”, afirmou o ex-ministro.
Ele ressaltou, porém, que “não sabemos qual vai ser a decisão”. “Fernando Haddad precisa andar no Brasil, deixar dar aula na universidade para liderar o país. Não apenas para 2022, mas para discutir 2021”, salientou. Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, “o país precisa de lideranças ativas”.
“Foi Lula que chegou e falou para Haddad: vai andar neste país. Fez muito bem, porque ele não tem garantidos os direitos políticos. O PT não pode ficar amarrado às dependências da Justiça. O PT defenderá o Lula sempre, em qualquer cenário”, disse. “O PT precisa ter presença na sociedade”, reforçou.
Sobre a declaração de Guilherme Boulos (PSOL), que defendeu um projeto político antes do lançamento de nomes, Mercadante afirmou que o PT tem feito isso e destacou o Plano de Reconstrução do Brasil, proposto pela legenda em setembro de 2020. “Estamos aí para debater qualquer aspecto para construir iniciativas comuns. Nós temos de mandar para ele nosso programa, que ele conhece”.
O petista, todavia, destacou que, apesar do projeto amplo, “também precisamos de liderança. Haddad é o contraponto a Bolsonaro, como foi na última eleição”. “Com a diferença que, na última eleição, teve uma aliança dos mal informados e dos mal intencionados em torno de Bolsonaro”.
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