Mensalão: Época inclui Pimentel, segurança de Lula e até Paulo Betti no escândalo
Relatrio da PF sobre o caso e cita integrantes do primeiro escalo do governo Dilma - alm do ator petista que dizia que no se faz poltica sem colocar "as mos na merda"
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247 – A revista Época desta semana traz, neste sábado, uma reportagem de capa dedicada ao escândalo do Mensalão, cujo processo caminha a passos lentos no Supremo Tribunal Federal. O objeto da reportagem, assinada pelo jornalista Diego Escosteguy, traz o relatório final da Polícia Federal sobre o caso e cita novos nomes, como beneficiários do esquema comandado pelo ex-publicitário Marcos Valério de Souza, das agências DNA e SMP&B. Eles seriam:
• Fernando Pimentel – O ministro do Desenvolvimento e um dos melhores amigos da presidente Dilma Rousseff recebeu R$ 247 mil em 12 de agosto de 2004.
• Freud Godoy – O segurança particular do presidente Lula recebeu R$ 98 mil em janeiro de 2003 e disse à PF que os recursos foram usados na campanha de 2002.
• Emídio de Souza – O prefeito de Osasco, eleito pelo PT, recebeu R$ 77 mil em 2004.
• Benedita da Silva – A deputada petista também sacou R$ 100 mil, em 2003, para pagar despesas da disputa ao governo do Rio de Janeiro.
• Romero Jucá – O irmão do senador peemedebista, eleito pelo Amapá, sacou R$ 650 mil em 2003.
• Vicentinho – Até o mesmo o sindicalista do ABC, eleito deputado federal pelo PT, recebeu R$ 17 mil. À revista, ele disse “não se lembrar de nada”.
Um dos nomes mais surpreendentes na lista é o do ator Paulo Betti, historicamente ligado ao PT. Ele também recebeu R$ 255 mil de Marcos Valério e disse à revista que o dinheiro se refere ao patrocínio do grupo Casa da Gávea. Na época do Mensalão, ele declarou que não era possível fazer política sem colocar “as mãos na merda”. O que não se sabia é que também não era possível fazer teatro sem sujar as mãos.
Outros nomes citados pela reportagem são os do jornalista Gilberto Mansur, do ex-ministro tucano Pimenta da Veiga, do deputado petista José Mentor, de Lourival Dantas, ex-presidente do Codefat, do empresário Domingos Guimarães, genro do ex-senador Marco Maciel, da deputada Jacqueline Roriz, do ex-senador Mario Calixto, do deputado João Magalhães, do também deputado Lincoln Portela e do lobista Luiz Lanzetta.
Diego Escosteguy destacou-se na revista Veja, onde revelou o escândalo Erenice Guerra. Mas também produziu reportagens polêmicas, como uma das últimas da série “O polvo no poder”, em que funcionários da Casa Civil – então chefiada por Dilma Rousseff – receberiam pacotes de R$ 200 mil em pleno Palácio do Planalto.
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