Lula terá pela frente reedição de atrito com as Forças Armadas pela celebração do aniversário do golpe de 64

O Exército costuma celebrar o golpe militar de 1964, que completa 59 anos em 2023, na chamada “ordem do dia alusiva ao 31 de março de 1964”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e novo comandante do Exército, general Tomaz Miguel Ribeiro Paiva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e novo comandante do Exército, general Tomaz Miguel Ribeiro Paiva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


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247 - O início do terceiro governo Lula (PT) tem sido marcado por tensões com as Forças Armadas, principalmente após os atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no último dia 8, quando militares foram flagrados sendo coniventes com os golpistas - há até mesmo militares que, ao que tudo indica, participaram ativamente da elaboração dos ataques e/ou protegeram os golpistas.

Daqui pouco mais de dois meses, o presidente terá que enfrentar novamente um conflito que já é antigo, referente a celebração do aniversário do golpe militar de 1964. Em 2023, a tomada do poder pelos militares completa 59 anos.

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Foi no primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2006, lembra o jornal O Globo, que o Exército voltou a exaltar a ditadura militar na chamada “ordem do dia alusiva ao 31 de março de 1964”. 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - que foi vítima da ditadura, tendo sido presa e torturada àquela época - coibiu a divulgação das notas. Jair Bolsonaro (PL), no entanto, apoiador da ditadura e de torturados, determinou a volta da exaltação do golpe, já em 2019, primeiro ano de seu mandato.

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Nos últimos quatro anos, comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica assinaram notas de celebração do golpe. Até aqui, não há nenhuma manifestação do governo Lula sobre o tema. O ministro da Defesa, José Múcio, disse à GloboNews ser "cedo" para falar do assunto.

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