Lula: STF não pode se deixar levar pela pressão

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, o ex-presidente Lula voltou a cobrar que o STF não se deixe levar por pressões ou por vontade popular. "Se as pessoas quiserem trabalhar de acordo com a opinião pública, as pessoas têm que ser candidatas a alguma coisa", disse. Nesta tarde, STF retomou julgamento da prisão após condenação em 2ª instância

Lula e fachada do STF
Lula e fachada do STF (Foto: Felipe L. Gonçalves/247)


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247 - O ex-presidente Lula, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, cobrou mais uma vez que o STF cumpra com seu papel de defender a Constituição e ressaltou que a Corte não pode se deixar levar por pressões ou vontade popular.

Em relação ao julgamento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, que acontece neste momento, Lula fez um balanço da pressão imposta aos ministros do STF pela imprensa. 

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“O único compromisso que eles deveriam ter é com a verdade e a Constituição. Obviamente que eu acompanho a imprensa todo dia e eu sei a pressão que a Globo faz, sei que chegaram a dizer que iriam soltar não sei quantos milhares de presos e que nós iríamos ao restaurante jantar com bandido e tal, tentando criar uma certa inibição na hora do voto".

Lula ressaltou que o STF deve se manter firme em cumprir a Constituição e lembrou que não é papel da Corte agir em função da opnião pública. "A Suprema Corte não pode se deixar levar pela pressão e nem pela ideia do que a opinião pública quer ou não quer. Se as pessoas quiserem trabalhar de acordo com a opinião pública as pessoas têm que ser candidatas a alguma coisa. Vamos então fazer eleições diretas para ministros da Suprema Corte. Não é assim. Eles têm uma tarefa sublime”.

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O ex-presidente foi questionado ainda sobre como manter a esperança em relação a sua soltura pela Justiça, já que foi o Judiciário que o prendeu. Lula discordou e disse que quem o colocou na prisão foram o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e três juízes do TRF-4, não foi a Justiça. 

Assista à entrevista:

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