Lula resiste à pressão para indicação de gênero ao STF e Zanin segue como favorito
Aliados do presidente acreditam que há uma probabilidade maior de sucesso de Zanin na sabatina da CCJ do Senado e na votação no plenário da Casa
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem planos de considerar o gênero na escolha do próximo indicado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Lula não deve ceder, apesar de receber apelos de diversos movimentos sociais para que uma mulher assuma a posição que será deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski em maio, quando completará 75 anos.
Ainda de acordo com a reportagem, o nome do advogado Cristiano Zanin permanece favorito para ocupar a vaga.
A reportagem destaca que assessores do Palácio e um ministro do governo confirmaram que o presidente Lula tem afirmado que o gênero não será um fator determinante para a escolha do próximo ministro do Supremo. Aliados do presidente acreditam que há uma probabilidade maior de sucesso de Zanin na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e na votação no plenário da Casa para a primeira vaga disponível ao governo.
A pressão para que Lula indique uma mulher não vem só dos movimentos sociais. Na última quarta-feira, Dia Internacional da Mulher, o ministro do STF Edson Fachin defendeu a indicação de uma mulher negra para compor a Corte. A fala do magistrado ecoou cobranças que têm sido feitas por movimentos de mulheres e entidades jurídicas.
“Além da pressão pela nomeação de uma mulher, Lula tem sido criticado no meio político por deixar correr as especulações de que indicará para o tribunal o seu advogado, o criminalista Cristiano Zanin. O nome do jurista não sofre resistência interna no tribunal. A ministra Cármen Lúcia já disse que o fato de Zanin ter advogado para o presidente não deve comprometer uma eventual indicação”, destaca a reportagem.
>>> Cresce pressão para Lula indicar mulher negra para ministra do STF
Caso o presidente opte por indicar uma mulher, seria um acontecimento inédito em 131 anos de história do tribunal, com três mulheres na composição - que já tem Rosa Weber e Cármen Lúcia ocupando cargos.
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