Lula: o mercado quer manter Bolsonaro e está adorando a política de destruição do Estado brasileiro

Ex-presidente Lula deixou claro porque não participa de frentes amplas com as mesmas forças que promoveram o golpe contra Dilma e querem apenas "reeducar Jair Bolsonaro"

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


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247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez sepultou as ilusões daqueles que acreditam em frentes amplas com as mesmas forças que pretendem apenas civilizar Jair Bolsonaro, mas sem retirá-lo do poder. "Não se enganem: o mercado quer manter o Bolsonaro. Só querem que ele seja mais ameno e pegue um pouco mais leve com a Globo. Mas eles estão adorando a política de destruição do Estado", afirmou o ex-presidente, em diálogo com Leonardo Boff.

Lula fez sua declaração no mesmo dia em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos principais articuladores do golpe de 2016, defendeu a permanência de Jair Bolsonaro na presidência. Saiba mais:

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), do PSDB, disse que não votou em Jair Bolsonaro. “Pela primeira vez na vida, anulei o voto”, afirmou em entrevista à CNN. O tucano, porém, novamente se posicionou contra o impeachment, logo depois de falar sobre uma frente: "O objetivo político não deve ser derrubar quem foi eleito. Temos que ter paciência histórica".

Na entrevista, ele disse também que a democracia é “um regime de inclusão” e que “Bolsonaro quer frequentemente excluir, mas não tem uma proposta para construir a nação”.

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“Eu sei que há críticas de direita e de esquerda ao meu comportamento. Eu sei que é difícil haver posições de equilíbrio em um mundo polarizado”, destacou. “Mas polarização cansa também, chega um momento que precisa de um pouco mais de juízo”, continuou. “É preciso dar de novo confiança aos brasileiros para o Brasil”. Segundo ele, a solução para isso seria “juntar todo mundo para encontrar o caminho”.

“Esse governo está isolado, é insolente”, ressaltou o ex-presidente, que também criticou as diversas saídas dos ministérios, principalmente dos ministros da Saúde “em plena pandemia”. Sobre a saída do terceiro ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, FHC afirmou que isso “compromete muito” a situação do País. Na Educação, “tem que ter uma pessoa sensata”, reforçou.

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FHC também fez críticas ao ex-presidente Lula. "Essa ideia de ir para o poder matou também ao meu ver a possibilidade real do PT de chegar ao poder porque ninguém chega sozinho. Agora mesmo o Lula saiu da prisão e em vez de ter aprendido um pouco mais com a vida ele quer voltar ao passado. Ele acha que repetir o que aconteceu com ele mesmo, quer dizer, ele se marca por ser contra. Não é o momento. O momento agora é ser a favor da população e de um caminho para o Brasil", declarou.

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