Lula diz que 2022 não será só uma disputa eleitoral: 'é uma briga em defesa do nosso país'

“Não é uma briga de um homem querendo pegar o lugar do outro. É uma briga em defesa do nosso país. Da nossa soberania. É, sobretudo, em defesa do nosso povo”, afirmou o ex-presidente Lula (PT) no Twitter

Lula visitou um assentamento de agricultura familiar do MST na região metropolitana de Recife
Lula visitou um assentamento de agricultura familiar do MST na região metropolitana de Recife (Foto: Ricardo Stuckert. 16/08/2021)


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247 - Nas redes sociais, o ex-presidente Lula (PT), que chegou à capital de Pernambuco, Recife, neste domingo, 16, em seu giro pelo Nordeste, afirmou que “o Brasil não merece sofrer o que está sofrendo” e, por isso, a disputa contra Jair Bolsonaro  “não é uma briga eleitoral”, mas “em defesa do nosso país”.

“Não é uma briga de um homem querendo pegar o lugar do outro. É uma briga em defesa do nosso país. Da nossa soberania. É, sobretudo, em defesa do nosso povo”, afirmou o ex-presidente no Twitter.

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Leia reportagem da Rede Brasil Atual sobre Lula em Recife

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta segunda-feira (16) sua jornada pelo Nordeste, a partir da capital de Pernambuco, Recife. , para debater o desenvolvimento regional e realizar encontros e articulações políticas. Lula afirmou que a única razão pela qual pode ser candidato à Presidência é a convicção de que é preciso “concertar o país”.

“Estamos de volta e trabalhando para juntar a força necessária para reconstruir a democracia brasileira”, afirmou, durante coletiva de imprensa.

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Porém, Lula disse que, caso eleito, o cenário para o seu mandato será pior do que aquele que encontrou após sua primeira eleição, em 2002. “Hoje temos total certeza de que é possível reconstruir (o Brasil). E vamos pegar o país pior do que peguei em 2003, com desemprego e inflação em alta e a falta de credibilidade externa”, acrescentou.

Lula chegou em Recife na tarde de ontem (15) e já se encontrou com representantes locais de movimentos populares e da classe política. Na manhã de hoje, o ex-presidente visitou um assentamento de agricultura familiar na região metropolitana do Recife e, após a coletiva, o dia terá reunião com movimentos sociais.

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Já nesta terça (17), prosseguindo sua agenda, o ex-presidente parte para o Piauí, onde fica até o dia seguinte. O roteiro do atual giro pelo Nordeste prevê passagens pelo Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e, por fim, Bahia.

Reconstrução do Brasil

Durante a coletiva de imprensa em Recife, Lula reafirmou sua avaliação sobre o atual retrocesso democrático no Brasil . “Nunca imaginei um governante totalmente irresponsável”, lamentou. Lula criticou as sucessivas mentiras de Jair Bolsonaro para justificar as ameaças que o presidente repete contra o sistema eleitoral. “Querer trazer o voto impresso é querer negar as eleições dele durante oito mandatos. Os filhos dele foram eleitos com voto eletrônico”, lembrou. “Ele vai perder as eleições, aceitar o resultado e o vencedor não irá receber a faixa dele. Se a Câmara não interditar esse governo, caberá ao povo o direito de se livrar do genocida nas próximas eleições“, afirmou Lula.

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“Bolsonaro nasceu da negação e criminalização da política. Foi assim que nasceu o Mussolini, o Hitler e todo autoritarismo do mundo. O Bolsonaro só participou de atos militares. O presidente visita um quartel, mas não vai a um hospital (visitar vítimas da covid)”, acrescentou, ao questionar o perfil autoritário de Jair Bolsonaro.

Apesar do governo desastroso de Bolsonaro, que ao lado de cerca de 570 mil mortes pela pandemia, levou o país à atual crise econômica, ao aumento do desemprego e da inflação, Lula avalia que será possível reverter o quadro negativo para o Brasil, a partir de uma eventual vitória nas urnas em 2022. “Quando venci, em 2002, o Brasil tinha 12% de desempregados e uma dívida externa bilionária. Depois que assumimos, geramos 22 milhões de empregos formais e aumentamos o salário mínimo em 74%. Fizemos a maior política de assentamento rural da história”, lembrou.

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Trabalhadores na pauta

O ex-presidente destacou ainda que, desde o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, os trabalhadores perderam garantias trabalhistas e a Previdência Social vem sendo desmontada. “Voltamos ao trabalho escravo, pois um emprego que não garante seguridade social, férias e remuneração digna, não é justo.”

Para Lula, só será possível retomar a economia e a “esperança do país” se as populações vulneráveis se tornarem pauta central do próximo governo. “É preciso colocar o pobre no orçamento da União e o rico, no imposto de renda. Rico nesse país não paga imposto sobre lucro e dividendo”, acrescentou.

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