Lula desafia a Globo a transmitir debate com Moro ou entre Zanin e Dallagnol

Condenado sem provas para não disputar a eleição de 2018, Lula desafiou a Globo a transmitir um debate entre ele e Sérgio Moro ou entre o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente, e Deltan Dallagnol, para desvendar os ataques jurídicos ilegais contra a democracia e colocar mais uma vez em evidência a partidarização da Lava Jato

Lula, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol
Lula, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: 247 - Reuters)


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247 - Condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) para não disputar a eleição de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou a Globo a transmitir um debate entre ele e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ou entre o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente, e o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. 

"Vocês acham que Globo teria coragem de transmitir um debate ao vivo entre Moro e Lula ou @czmartins e Deltan Dallagnol?", escreveu o ex-presidente no Twitter.

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O ex-presidente Lula foi acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS, mas nunca dormiu nem tinha a chave do apartamento. 

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Na apresentação da denúncia em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do imóvel. 

De acordo com uma reportagem da Vaza Jato, sobre irregularidades na operação do Judiciário de Curitiba (PR), o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula. 

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Segundo as reportagens conhecidas como Vaza Jato, publicadas pelo site Intercept Brasil, algumas em parceria com outros veículos, Moro agia como uma espécie de assistente de acusação junto a procuradores. 

Moro também questionou a capacidade de a procuradora Laura Tessler interrogar o ex-presidente. 

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O ex-juiz também pediu acréscimo de informação na denúncia de um réu - Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás para a construção de plataformas de petróleo.

Outra matéria apontou que o ex-juiz "sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos".

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Em um diálogo de 1º de novembro de 2018, momentos antes da confirmação da ida de Moro ao governo Bolsonaro, a procuradora Monique Cheker criticou o então juiz em um grupo intitulado BD (todas as mensagens foram transcritas como estão no "The Intercept"). "Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados", disse ela. 

O ex-ministro também emitiu a ordem de prisão contra Lula antes do esgotamento de todos os recursos judiciais. 

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