Lula defende radicalização do discurso e fala em impeachment: ‘ou muda ou sai da presidência’
“Estou convencido de que ou ele muda ou ele não pode ficar governando o Brasil”, declarou o ex-presidente sobre Jair Bolsonaro. Em coletiva à mídia progressista, ele contou também que pediu ao PT um estudo sobre os crimes de responsabilidade cometidos por ele (assista)
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247 - O ex-presidente Lula voltou a falar na possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro, após o início da pandemia de coronavírus e a condução da crise pelo governo federal. Ele vê como natural uma “radicalização” do discurso em defesa da saída de Bolsonaro da presidência e informou que pediu ao PT um estudo para elencar os crimes de responsabilidade já cometidos pelo presidente.
“Pedi um estudo ao PT para saber quantos crimes de responsabilidade o Bolsonaro já cometeu. Vai ter reunião dentro de dez ou 15 dias e esse tema deve voltar à tona no partido. Estou convencido de que ou ele muda ou ele não pode ficar governando o Brasil. O Brasil não pode ficar à mercê de um comportamento de um maluco. Uma pessoa que não tem discernimento. Que tudo para ele é inferior ao que ele pensa. Então eu acho que o PT vai caminhar pra isso”, declara em entrevista coletiva à mídia progressista (assista abaixo).
“Precisamos saber qual é o crime de responsabilidade que ele cometeu, porque nem tudo o que eu acho que é crime possa ser crime. Mas eu acho que a sociedade está ficando cansada”, diz Lula ainda. “Não quero ser irresponsável como eles foram com a Dilma. Mas se ele cometeu crime de responsabilidade, isso tem que ser discutido pela Câmara. Eu não acho que ele é livre disso, mas só que precisamos afirmar corretamente o crime”, acrescenta.
O petista avalia ainda que, após a divulgação do manifesto assinado por Fernando Haddad, Ciro Gomes, Guilherme Boulos e Flávio Dino em defesa da renúncia de Bolsonaro, já há uma mudança de direcionamento. “Nós vamos radicalizando essa posição, viu. Da renúncia para o impeachment já é um pouco. O ‘Fora, Bolsonaro’ vai ser muito forte”, prevê.
Ele pondera, no entanto, que há uma longa discussão sobre o afastamento e ressalta que tudo demanda articulação política. “Você tem gente que acha que tem que tirar para ter novas eleições, tem gente que acha que tirar vai dar o Mourão, e para tudo isso demanda força política”, observa.
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