Lula: atacar ou lançar dúvidas sobre as vacinas é trabalhar a favor da morte
Em "carta à ciência e ao povo brasileiro", ex-presidente Lula diz que "não podemos permitir que a vacinação se transforme em uma guerra, como deseja Bolsonaro, em que o povo será a maior vítima". Ele também faz um apelo a uma "ampla mobilização nacional" de cientistas, profissionais da Saúde e governantes ao redor do tema
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247 - O ex-presidente Lula fez um duro ataque às críticas e dúvidas que vêm sendo espalhadas sobre as vacinas no País, discurso propagado com frequência pelo presidente Jair Bolsonaro. Em uma "carta à ciência e ao povo brasileiro", em formato de coluna na Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (11), Lula diz que o gesto representa "trabalhar a favor da morte".
O artigo é publicado um dia depois de a Anvisa ter suspendido testes da vacina Coronavac pelo Instituto Butantan por conta da morte de um voluntário que não estava relacionada aos experimentos. Bolsonaro chegou a celebrar a paralisação nas redes sociais e a espalhar desinformações sobre a vacina, que é produzida na China.
"É com muita indignação que vejo Jair Bolsonaro festejar a morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac - cuja morte, aliás, não teve qualquer relação com a vacina. Em primeiro lugar, porque não se comemora a morte de ninguém. Em segundo lugar, porque a suspensão dos testes, determinada pela Anvisa, além de errada, em nada favorece a luta contra uma pandemia que ameaça o Brasil e o mundo", escreve Lula.
"É urgente e inadiável, portanto, uma ampla mobilização nacional de cientistas, médicos e demais profissionais de saúde. De governadores, prefeitos, agentes da vigilância sanitária, pesquisadores e técnicos da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto Butantan. Do Congresso Nacional, da imprensa e da sociedade como um todo. Não podemos permitir que a vacinação se transforme em uma guerra, como deseja Bolsonaro. Uma guerra contra o povo brasileiro, que serão sem dúvida a sua principal vítima.
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