Lula ao 247: para defender a democracia, nós temos que ser radicais

Em entrevista à TV 247, com participação dos ex-ministros Celso Amorim e Aloizio Mercadante, o ex-presidente Lula resgata as razões pelas quais o PT nasceu: "dar vez e voz a quem não tem, especialmente aos trabalhadores". E rebateu críticas de que estaria sendo radical. "Para defender a democracia, nós temos que ser radicais"

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à TV 247
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à TV 247 (Foto: Felipe Gonçalvez/Brasil 247)


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247 - "O PT não pode esquecer das razões pelas quais ele nasceu". Com essa declaração, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu que o propósito do partido que ajudou a fundar é dar vez e voz a todos que não têm, especialmente à classe trabalhadora. Ele concede entrevista à TV 247 na manhã desta quarta-feira 5, com participação dos ex-ministros Celso Amorim e Aloizio Mercadante, além do jornalista Leonardo Attuch.

"O PT nasceu com uma característica muito própria: a partir de uma descoberta de que a classe trabalhadora precisava de uma representação parlamentar, no Congresso Nacional. Ou seja, dar vez e voz a quem nunca teve voz nesse país", disse Lula.

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"Por isso que de vez em quando parece que eu fico nervoso, as pessoas falam que eu estou radical demais. É porque o PT não pode esquecer a razão pela qual ele nasceu: fazer com que as pessoas desprovidas do Estado brasileiro tivessem essa proteção, no campo da educação, do salário. É por isso que o PT tem que radicalizar a democracia", completou.

"Fizemos um governo que vai radicalizar a história, e por isso eu acho que aconteceu o impeachment contra a Dilma. E nós ainda não cumprimos a nossa meta, e ainda falta muito. Porque o pouco que nós fizemos eles estão destruindo agora", disse ainda.

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Lula fala ainda sobre a política externa de seu governo, respondendo a uma pergunta de seu chanceler, Celso Amorim. Ele também respondeu ao vídeo feito pelo jornalista Alexandre Garcia - e compartilhado por Jair Bolsonaro - menosprezando os brasileiros, falou do seu encontro com o Papa Francisco - que deve acontecer nos próximos dias - e mandou um recado aos petroleiros, que estão em greve.

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