Em entrevista a Reinaldo Azevedo, Lula manda Bolsonaro deixar de ser ignorante
Ex-presidente Lula fez um apelo para que Jair Bolsonaro administre as crises do País: “Deixa de ser ignorante, presidente. Para de brigar com a ciência. Para de falar para os seus milicianos, fale para os 200 milhões de brasileiros”
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247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que Jair Bolsonaro pare com seu negacionismo e controle as crises do País, especialmente a principal delas, a pandemia do coronavírus, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na noite desta quinta-feira (1º).
“Eu espero que o Bolsonaro esteja vendo isso aqui. Deixa de ser ignorante, presidente. Para de brigar com a ciência. Para de falar para os seus milicianos, fale para os 220 milhões de brasileiros”, apelou Lula.
“A pandemia só vai acabar quando tiver vacina para todo mundo!”, completou o ex-presidente, reforçando a importância do pagamento do auxílio-emergencial de R$ 600 aos brasileiros para que o País possa sair da crise.
Lava Jato oficializou o roubo
Lula também afirmou que a “Lava Jato oficializou o roubo” no Brasil. Ele lembrou que a operação “premiou todos os ladrões”, que fizeram esquemas de delações premiadas.
“Todos agora estão fumando charuto cohiba, aquele charuto cubano, e tomando rum cubano às nossas custas”, disse.
“O objetivo da Lava Jato era menos combater a corrupção, e era um objetivo político. A Lava Jato imaginava destruir os partidos, imaginava desmoralizar o Congresso, imaginava desmoralizar a Suprema Corte. Eles tinham um projeto político”, argumentou.
Primeiro dia na prisão
A entrevista foi iniciada com uma pergunta sobre a primeira noite que o ex-presidente passou na prisão, no dia 7 de abril de 2018. Lula relatou ter dormido normalmente. “Eu sou bom de cama”, disse aos risos.
“Lembro que quando entrei na prisão o cara queria que eu tirasse meu cinto, meu cadarço. Eu disse pra ele: ‘Cara, não vim aqui pra me enforcar. Eu vim aqui pra provar que o Moro é mentiroso’”.
Lula também voltou a dizer que decidiu se entregar à Polícia Federal para provar sua inocência. “Eu sempre penso que tenho a mão de Deus e da minha mãe guiando meus passos. Por isso tomei a decisão de ir pra Curitiba. Eu poderia ter entrado numa embaixada. Mas eu quis provar minha inocência. E fui de cabeça erguida”, disse.
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