Luis Felipe Miguel: 2019 foi um ano de destruição acelerada do País
Cientista político Luis Felipe Miguel critica os primeiros 12 meses do governo Jair Bolsonaro. "Um ano em que nos tornamos mais brutos, mais atrasados, mais desiguais, mais subalternos. E em que nossa capacidade de resistência se mostrou, de novo, muito aquém do necessário", afirma
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Por Luis Felipe Miguel, em seu Facebook
Difícil arranjar algo para dizer do ano que está terminando.
Como em qualquer ano, todos nós tivemos nossos quinhões pessoais variados de alegrias e de frustrações, de encontros e de perdas. Mas, nas felicidades e nas tristezas, sempre fomos acompanhados por uma sombra chamada Brasil.
Foi um ano - mais um - de destruição acelerada do país. Um ano em que nos tornamos mais brutos, mais atrasados, mais desiguais, mais subalternos. E em que nossa capacidade de resistência se mostrou, de novo, muito aquém do necessário.
É essa a nossa história, afinal. Uma história de vitórias populares, quando as há, tímidas e cheias de ambiguidades. E derrotas maiúsculas, avassaladoras.
O Brasil, em suma, parece que conspira para nos deprimir.
O que posso desejar para 2020 é não sucumbir a esse sentimento. É lembrar de, a cada passo, olhar para os lados e ver esse tantão de gente forte, de gente digna, de gente com o coração do lado certo do peito e a mente afiada, buscando o caminho que nos devolva a esperança.
Obrigado a todas e todos - mesmos aqueles com quem posso ter divergido fortemente em algum ponto do percurso - que mantêm a luta nas trincheiras da democracia.
Que 2020 seja de muita luta. E que nos brinde com algumas vitórias, já que ninguém é de ferro...
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