Lira ameaça Lula com "grandes dificuldades" na Câmara a partir de julho

Pressão do presidente da Câmara tem como objetivo conseguir mais espaços e cargos para seu grupo político no governo Lula

Lula e Arthur Lira
Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)


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247 - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a aliados que o compromisso firmado por ele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para apoiar projetos considerados prioritários pelo Palácio do Planalto termina em julho. “A partir daí, ou o Planalto muda o relacionamento com a base de apoio no Congresso, ou terá ‘grandes dificuldades’ pela frente”, diz o jornalista Tales Faria, em sua coluna no UOL. 

O prazo definido por Lira coincide com a expectativa pela aprovação da reforma tributária, um dos projetos prioritários que teriam sido acertados entre o presidente da Câmara e o Planalto. Na quinta-feira (18), a Casa aprovou o regime de urgência para a votação do novo marco fiscal, que deverá ser levado ao plenário da Câmara na próxima quarta-feira (24).

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“Na semana seguinte, será apresentado o parecer do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ao projeto de reforma tributária. O texto terá todo o mês de junho para discussão até ser aprovado. As outras prioridades que Lira havia acertado com Lula foram os projetos que permitiram a transição do governo Bolsonaro para o atual, com verbas para o Bolsa Família, para o reajuste do salário mínimo e a reorganização da Esplanada dos Ministérios”, destaca a reportagem. Para Lira,  as vitórias obtidas pelo governo na Câmara foram resultado do seu grupo político, uma vez que a base do Planalto não seria suficiente para aprovar os projetos enviados pelo Executivo. 

Nesta linha, Lira e seu grupo avaliam que “a mudança no relacionamento do governo com o Congresso passa também por uma reforma ministerial. Deve incluir, principalmente, as áreas de comunicação e de articulação política do governo, assim como os representantes do União Brasil na equipe ministerial”. A base governista, porém, é contra dar mais espaço para os planos do presidente da Câmara e seus aliados.

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