Lenio Streck: nenhum procurador vai reaproveitar provas produzidas sob Moro

"Nenhum procurador vai reaproveitar provas produzidas sob Moro, pois dará à defesa de Lula a oportunidade de contestá-las em todas as instâncias", afirma Lenio Streck

(Foto: OAB)


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Viomundo - Cotado para ser futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, o jurista Lenio Luiz Streck ajudou a popularizar o debate sobre questões de Direito, especialmente através de sua coluna no Consultor Jurídico, mas também nos debates promovidos pela rádio e tv Unisinos.

Lenio, ex-integrante do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, é autor de cerca de 80 livros, um dos quais ganhou o prêmio Jabuti, em 2014.

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Em 2015, ele participou de um debate com o juiz federal Sergio Moro, em que criticou o protagonismo judicial (seguir o link).

Moro estava no auge de seu poder, mas foi demolido.

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Em entrevista ao Viomundo, o jurista analisou os votos contrários de Kassio Nunes Marques, Marco Aurélio e Luiz Fux à decisão do ministro relator Edson Fachin, da Lava Jato, de anular os processos do ex-presidente Lula em Curitiba e transferí-los para o Distrito Federal — há a possibilidade de que acabem em São Paulo.

Incerto sobre qual decisão o plenário do STF tomará na semana que vem, quando julgará se mantém ou não a decisão da Segunda Turma que considerou Moro suspeito no caso do triplex, de uma coisa Lenio tem certeza.

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Os futuros procuradores que lidarem com os processos de Lula em Brasília ou São Paulo dificilmente vão reaproveitar as provas produzidas sob Moro em Curitiba, uma vez que a defesa poderá voltar a contestá-las em todas as instâncias, inclusive com o uso das gravações que foram apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing.

É importante frisar que a defesa de Lula não introduziu estas provas no habeas corpus apresentado à Segunda Turma do STF, mas apenas fez relatórios através de um perito e os dirigiu ao ministro Ricardo Lewandowski.

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Vale a pena ver (acima) a entrevista, na qual Lenio se refere ao livro  Lava Jato: Aprendizado institucional e ação estratégica na Justiça, escrito pela juíza federal Fabiana Alves Rodrigues e ao caso do juiz dinamarquês Claus Larsen, que teve suas decisões revistas pelo Tribunal dos Direitos Humanos da Comunidade Europeia, depois de terem passado por todas as instâncias na Dinamarca.

O caso do empresário Mogens Hauschildt, condenado por Larsen, foi anulado sob a alegação de que o réu não teve direito a um tribunal imparcial, já que o mesmo juiz que participou da instrução deu a sentença (ver abaixo), além de outras arbitrariedades denunciadas pela defesa.

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