Lei Maria da Penha para Nelson Jobim

Alguém precisa ensinar ao ex-ministro da Defesa que não se bate em mulher impunemente



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Demorou, Dilma. Nelson Jobim deveria ter caído há muito mais tempo. Aliás, não deveria nem ter sido convidado para ser ministro quando Brasília inteira sabia que ele se comportava como um lobista francês infiltrado no Ministério da Defesa.

Ok, consideremos então que era um pedido especial do presidente Lula – e que o grandalhão gaúcho era apenas mais uma parte da “herança maldita”. E que devesse ser aceito em nome da lealdade.

Mas ele deveria ter caído no primeiro sinal de insubordinação, quando insinuou, numa homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que “os idiotas haviam perdido a modéstia”. Aliás, quais são os valores mais prezados no meio militar? Disciplina, comedimento e respeito à hierarquia. Tudo o que Jobim demonstrou não possuir.

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Depois disso, foi um festival de descortesias. A declaração de voto em José Serra, a afirmação de que Ideli Salvatti é “fraquinha” e a de que Gleisi Hoffmann “nem sequer conhece Brasília”. Escolheu agredir justamente as duas ministras nomeadas por Dilma.

Pelo jeito, Nelson Jobim gosta de bater em mulheres. E quando Dilma afirmou que se dependesse dela deixaria Jobim na Amazônia, fez bem. O ministro da Defesa precisa mesmo de uma Lei Maria da Penha. Tem que ser mantido a quilômetros de distância das representantes do sexo oposto.

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Se Jobim não caísse hoje, qual seria a mensagem? Nossas mulheres apanham porque gostam de apanhar.

Tchau, Jobim.

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Bom retorno a Santa Maria.

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