Kennedy Alencar: Com Lula favorito, Lira quer dar golpe limpinho
“É possível imaginar o objetivo de Lira e dos defensores do semipresidencialismo num momento em que o ex-presidente Lula é favorito para vencer a eleição presidencial do ano que vem”, aponta o jornalista Kennedy Alencar
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247 - O jornalista Kennedy Alencar , em sua coluna publicada no portal UOL, afirma que “é golpe mudar o sistema de governo sem plebiscito. Na prática, o ‘semipresidencialismo’ defendido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tornaria o país parlamentarista”.
“O Brasil já é semipresidencialista. A Constituição de 1988 conferiu atribuições ao Executivo e Legislativo que são típicas de regimes parlamentaristas”, diz Kennedy.
O jornalista esclarece que “a Constituição dá poderes legislativos ao presidente, como as medidas provisórias que têm força de lei, mas podem ser rejeitadas e modificadas pelo Parlamento. O presidente também pode propor projetos de lei, que, na maioria das vezes, sofrem mudanças significativas. No Brasil, o presidente atua como um primeiro-ministro, pois tem de se entender na largada com o Congresso para conseguir governar com êxito. Se popular, conduz a agenda legislativa. Se fraco, fica refém do Congresso”.
“É possível imaginar o objetivo de Lira e dos defensores do semipresidencialismo num momento em que o ex-presidente Lula é favorito para vencer a eleição presidencial do ano que vem. O Centrão, grupo de legendas conservadoras e fisiológicas, teria, na prática, o poder para impor o nome do primeiro-ministro ao futuro governante”, acrescenta.
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