Joice: Eduardo traiu o próprio pai, é um moleque, nunca terá meu respeito
Em live na internet, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) diz que o filho de Bolsonaro começou a colher assinaturas "nas costas do próprio pai" para se tornar líder do PSL. E que Jair Bolsonaro "foi induzido ao erro por um grupo de pessoas que está mais preocupado com o fundo partidário" (vídeo)
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247 - Para responder principalmente ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) fez uma live em seu canal no Youtube neste domingo 20 para, segundo ela, esclarecer mentiras que estão circulando na internet.
A respeito do episódio que desembocou na atual crise e principalmente no embate entre ela e Eduardo, Joice afirmou que "nunca houve ordem do presidente" para que ela assinasse uma lista apoiando Eduardo Bolsonaro para a liderança do partido na Câmara, e portanto a afirmação do parlamentar de que ela traiu Jair Bolsonaro, é mentirosa.
"O presidente eu respeito. O Eduardo, que é um moleque, nunca contou com o meu respeito, nem vai contar", disparou, chamando por várias vezes os filhos de Bolsonaro de "moleques". "Fico imaginando num país sério alguém chamar uma deputada, a mais votada da história, de Peppa", rebateu, sobre a campanha ofensiva criada por Eduardo nas redes sociais.
"A campanha que foi lançada há pouco foi de que a Joice traiu o Bolsonaro. Eu jamais traí o presidente da República. Não faz parte do meu DNA. A única traída aqui fui eu", disse ainda, chamando Eduardo de "garoto nem-nem": "nem embaixador, nem líder do partido, nem presidente do PSL, nem nada. Tenta tudo e não é nada. Mesmo com a interferência do Palácio, não conseguiu nada".
Para a ex-líder do governo no Congresso, tirada do cargo por ordem do presidente, "Bolsonaro foi induzido ao erro por um grupo de pessoas que está mais preocupado com o fundo partidário". "E acabou que o presidente caiu nessa baita enrascada e acabou usando a estrutura do Planalto para ligar para um e outro e fazer do Eduardo líder do partido, o que seria o presente de Dia das Crianças do Eduardo Bolsonaro", provocou.
Ela disse ainda ser "mentira" que há no PSL um grupo pró-Delegado Waldir, atual líder do PSL na Câmara, e pró-Eduardo, como diz o filho de Jair Bolsonaro que atua na Câmara. "Quem indicou o Waldir para ser líder foi o Eduardo Bolsonaro", declarou.
"O PSL vai estar em boas mãos quando os traíras forem colocados em seus devidos lugares. Eu não tenho medo de moleques, de traíras, de gente que fica fazendo campanhazinha contra mim na internet. Não vou ter medo de dois moleques que ficam aí tuitando falando bobagem de mim pelas costas", alfinetou, referindo-se indiretamente também a Carlos, vereador pelo Rio.
Joice criticou também a forma como foram tratados Gustavo Bebianno e o general Santos Cruz, ex-ministros demitidos por Jair Bolsonaro após confusões com os filhos. E disse que a maioria que está em volta do chefe do Planalto não tem coragem de dizer o que pensa, de avisar que "não se trata aliados dessa forma".
Por fim, a deputada disse que se "não tem direito de divergir, de discordar, não vive numa democracia, vive numa ditadura". "Agora as pessoas não podem ser perseguidas, achacadas, porque divergem. Não é assim".
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