Jaques Wagner rebate Lira: 'governo Lula tem base consolidada no Senado'
"Na hora que a gente for votar uma matéria é que a gente vai conferir", disse o líder do governo no Senado. Lira afirmou que Lula "não tem base" para votações no Congresso
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247 - O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui uma base "consolidada" na Casa Legislativa, ao contrário do que foi dito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na segunda-feira (6), quando afirmou que o Palácio do Planalto “não tem uma base consistente” para aprovar projetos de interesse do governo.
“Essa é uma opinião dele, eu respeito como presidente da Casa, mas na hora que a gente for votar uma matéria é que a gente vai conferir. A gente tem aqui no Senado uma coisa consolidada, não vejo problema aqui”, disse Jaques Wagner ao jornal O Globo.
“Na minha conta, são mais de 50 senadores na base. Mas o que estou falando é que tudo depende da matéria. Pode ter até alguém do PT, em determinada matéria, por uma questão de consciência, votar assim ou assado. É difícil. Essa linearidade não existe”, completou.
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Segundo a reportagem, a declaração de Lira foi vista como uma espécie de recado endereçado ao Palácio do Planalto, uma vez que foi feita poucas horas antes de Lula participar de uma reunião com o objetivo de ouvir as explicações do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), acerca das denúncias de ter utilizado uma avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e recursos públicos para participar de um leilão de cavalos de raça em São Paulo.
"Nós teremos um tempo para que o governo se estabilize internamente. Porque, hoje, o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara, nem no Senado, para enfrentar matérias de maioria simples, quanto mais matéria de quórum constitucional”, disse Lira na ocasião.
Apesar de comandar três ministérios no governo Lula (Comunicações, Turismo e Integração), o União Brasil não está fechado em torno do apoio ao Planalto. “Entre os nove senadores da sigla, há Sergio Moro (PR), que faz oposição declarada a Lula. Com a permanência do ministro Juscelino Filho (Comunicações), o Planalto deve cobrar mais empenho da bancada para aprovar os projetos de interesse do Planalto”, ressalta a reportagem.
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