Inflado por Dilma, Rossi defende feudo do PMDB
como se no tivessem ocorrido pagamentos de propina, em dinheiro, dentro do Ministrio da Agricultura; como se um lobista no tivesse espancado um jornalista; no controlo tudo, disse o ministro, como se tudo isso no fosse com ele
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247 – É como se nada tivesse acontecido bem debaixo do nariz do ministro Wagner Rossi, da Agricultura. Como se um jornalista da revista de maior circulação do País, Veja, não tivesse sido agredido pelo lobista Júlio Fróes. Como se Fróes, dentro do prédio do ministério, em Brasília, não tivesse distribuído pacotes de dinheiro dentro de “pastinhas”, segundo testemunhas disseram à revista. Como se o ex-secretário executivo Milton Ortolan também não soubesse de nada, tendo se demitido apenas por considerar-se ultrajado pelas situações todas.
Foi um quadro de desinformação pessoal completa e tranqüilidade política absoluta o que o ministro Rossi tentou passar ao jornalistas hoje em Brasília, durante uma entrevista coletiva e, em seguida, numa rodinha de conversa. Como se todo esse escândalo não tivesse ocorrido, Rossi manifestou que sua primeira providência foi a de tentar demover Ortolan de seu pedido de demissão.
O ministro ofereceu ao subordinado a alternativa de uma licença até que as coisas se esclareçam, e só cedeu ao pedido de saída quando este foi classificado de “irrevogável” por Ortolan. Mesmo assim, Rossi procurou justificar o antigo auxiliar. “Ele se sentiu insultado pelo tipo de situação e pediu demissão em caráter irrevogável”, disse Rossi. Exatamente por que o demissionário teria se sentido “insultado”, isso o ministro não deixou muito claro.
A respeito da nomeação de apadrinhados políticos de caciques do PMDB (leia mais) para o alto escalão da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, Rossi igualmente acha isso a coisa mais normal do mundo. “O requisito é a competência”, determinou. “Parente não credencia nem descredencia”.
Rossi atribui as críticas às nomeações políticas à "mentalidade corporativa contras as pessoas de fora". Questionado se estaria sendo alvo de uma disputa política que atinge o PMDB, o ministro afirmou que não é homem de teorias conspiratórias. Ele prefere atribuir a série de denúncias a ex-funcionários inescrupulosos e disputa entre grupos no Ministério da Agricultura. Ele afirmou que não controla tudo, "mas vai responsabilizar os subordinados até o último grau".
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