Haddad qualifica Bolsonaro: "um ser abjeto na presidência da República"
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad fez referência aos ataques de Jair Bolsonaro contra a repórter Patricia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. "Um ser abjeto na presidência da República. Bolsonaro insulta repórter da Folha com insinuação sexual", disse o ex-presidenciável no Twitter
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247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad chamou Jair Bolsonaro (sem partido-RJ) de “um ser abjeto na presidência da República”, após o ocupante do Planalto insultar a repórter Patricia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo. "Um ser abjeto na presidência da República. Bolsonaro insulta repórter da Folha com insinuação sexual", disse o ex-presidenciável no Twitter.
Bolsonaro atacou a jornalista por conta de reportagens sobre campanhas baseadas na divulgação de fake news pelo WhatsApp para favorecê-lo. Durante entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele criticou a repórter com insinuação sexual.
"Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]. Lá em 2018 ele [Hans] já dizia que ele chegava e ia perguntando: 'O Bolsonaro pagou pra você divulgar pelo Whatsapp informações?' E outra, se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática, se eu for mentir contra o PT, eu tô falando bem, porque o PT só fez besteira", disse.
Em outubro de 2019, o WhatsApp admitiu que a eleição brasileira de 2018 teve uso de envios massivos de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas.
As declarações de Bolsonaro foram uma referência ao depoimento de Hans River do Rio Nascimento na CPMI das Fake News. Ele é ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp. De acordo com reportagem da Folha, publicada em dezembro de 2018, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos do depoente Hans River do Rio Nascimento, uma rede de empresas, entre elas a Yacows, fez o uso fraudulento de nome e CPFs de idosos para registrar chips de celular e disparar mensagens em benefício de políticos.
A jornalista é a mesma autora de uma reportagem, publicada na campanha de 2018, denunciando uma campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que teve como base a divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp para favorecer Bolsonaro. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.
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