Haddad diz ter eleitorado mais fiel que o de França e critica Rodrigo Garcia e Tarcísio Freitas

Ex-prefeito de São Paulo afirmou que "Rodrigo Garcia é tão tucano quanto o Tarcísio é paulista"

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert)


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247 – O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que disputará o governo paulista nas eleições deste ano, concedeu entrevista aos jornalistas Sérgio Roxo e Gustavo Schmitt, do Globo, em que minimizou a rejeição ao PT no estado e explicou os motivos de sua confiança. "Eu venço em qualquer cenário do segundo turno. Estamos abertos a uma a uma negociação com o PSB, que tem sido um partido extraordinário. Em 2018, o Márcio França não teve condições de me apoiar no segundo turno nem de receber o meu apoio", disse ele. "Hoje o Márcio apoia o Lula, independente de ter duas candidaturas. Isso que tem de ser louvado. Ele não está condicionando o apoio ao Lula à minha desistência. E hoje o mais provável é ter duas candidaturas", acrescentou.

Haddad disse ainda que seu eleitorado é fiel. "Pelo último Datafolha, 40% dos eventuais eleitores do Márcio consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom. Será que esse eleitorado vai permanecer fiel à candidatura dele assim que souber que ele está apoiando o Lula? O meu, não tenho dúvida que permanecerá porque todo mundo sabe quem eu sou. E o grau de coerência que mantive na vida. Ninguém é obrigado a ter a mesma metodologia de análise da pesquisa. Mas eu dou aula disso, sou professor de ciência política", afirmou.

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Na entrevista, Haddad também criticou os adversários Rodrigo Garcia e Tarcísio Freitas. "Rodrigo Garcia é tão tucano quanto o Tarcísio é paulista. Não existe isso. O Rodrigo nunca foi tucano. Sempre foi linha auxiliar dos tucanos porque eles ganhavam eleição. E o Tarcísio nunca foi paulista, nunca morou em São Paulo. O Tarcísio vai tentar o voto bolsonarista mais cego. Não sei qual é a estratégia do Rodrigo. Até porque ele é um ser em construção. Não sabemos o que quer ser quando crescer", declarou.

Risco de golpe

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O ex-prefeito também aposta que Jair Bolsonaro não tem força para promover um golpe de estado. "Vai espernear, mas ele não tem condições externas e internas de manter um regime de força aqui. Até porque são oito milhões de universitários hoje no Brasil. No golpe de 1964, eram 200 mil e, em geral, da elite. Hoje tem uma massa crítica na universidade de outra natureza. Ele vai conflagrar o Brasil? A democracia vai ser defendida com unhas e dentes. Ele vai fazer o que o Trump fez, piorado. Se nos Estados Unidos, onde a democracia é mais consolidada, houve cinco mortes, aqui pode ser pior. Mas não vai ser bem-sucedido. Não vai acontecer o mesmo de 1964", afirmou.

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