Haddad: Bolsonaro não tem segurança de que escândalos estão sob seu controle, daí o recuo
O ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) fez referência à decisão de Jair Bolsonaro, que desistiu de recriar o ministério da Segurança Pública. "Bolsonaro não tem segurança de que as investigações sobre o assassinato de Marielle, as rachadinhas (peculato) e os disparos de fake news com caixa2 estão sob seu controle. Daí o recuo, por ora...", afirmou
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247 - O ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) sinalizou que Jair Bolsonaro recuou a decisão de recriar o ministério da Segurança Pública pelo receio de ser retaliado com avanços de investigações sobre corrupção envolvendo a sua família. O ocupante do Planalto havia confirmado a possibilidade de criar a nova pasta e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, teria o poder política enfraquecido. Segundo Haddad, a nova medida poderia deixar Bolsonaro ainda mais exposto com mais revelações de corrupção.
"Bolsonaro não tem segurança de que as investigações sobre o assassinato de Marielle, as rachadinhas (peculato) e os disparos de fake news com caixa2 estão sob seu controle. Daí o recuo, por ora...", escreveu o ex-prefeito no Twitter.
Nesta sexta-feira (24), o ocupante do Planalto afirmou que a chance de recriar o ministério da Segurança é "zero". "O Brasil está indo muito bem. Segurança pública, os números indicam que está indo no caminho certo, e a minha máxima é: em time que está ganhando não se mexe", afirmou nesta sexta, ao chegar a Nova Déli, na Índia.
Ao citar o caso Marielle e a corrupção, Haddad fez referência às suspeitas de ligações da família Bolsonaro com o crime. Em março, foram presos dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro é acusado de ter feito os disparos e o segundo de dirigir o carro que perseguiu a parlamentar.
Lessa morava no mesmo condomínio de Bolsonaro. Outro detalhe é que Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos havia postado no Facebook uma foto ao lado de Jair Bolsonaro. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado.
No caso da rachadinhas, Fabrício Queiroz, ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio quando o parlamentar era deputado estadual. Queiroz movimentou R$ 7 mihões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Sobre as fake news, o ex-prefeito de São Paulo lembrou da campanha ilegal contra ele financiada por empresas com base divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp no pleito presidencial do ano passado, conforme denunciou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.
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