Grupo de Puebla reafirma: "afastamento de Dilma em 2016 foi golpe"

De acordo com o fórum político, impeachment da ex-presidente foi o "início de uma escalada fascista" no Brasil

Dilma Rousseff
Dilma Rousseff (Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)


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247 - O Grupo de Puebla, formado por 39 líderes de esquerda, afirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 foi um "golpe". Segundo o Grupo de Puebla, o impeachment de Dilma foi o "início de uma escalada fascista" no Brasil. Disse que o episódio não deve ser "normalizado ou esquecido".

Em 2016, Dilma foi inocentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e por uma perícia feita por técnicos do Senado

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O fórum político disse que o mundo "está alarmado" com o "violento ataque fascista contra a democracia e as instituições brasileiras".

Leia a íntegra da nota: 

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“Defender a democracia exige não esquecer os ataques recebidos

“O afastamento da presidente Dilma Rousseff em 2016 foi um golpe, um ataque à democracia brasileira, e isso não pode ser normalizado ou esquecido. Hoje, quando o mundo está alarmado com o violento ataque fascista contra a democracia e as instituições brasileiras, não se pode esquecer que o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, vestido com uma suposta legalidade, foi o início de uma escalada fascista contra a democracia e as instituições democráticas brasileiras. Um acontecimento político de enorme magnitude e consequências, que renasce nos atos de violência e destruição que o mundo presenciou há algumas semanas em Brasília.

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“O Grupo de Puebla denuncia mais uma vez que o afastamento da presidenta Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, o que não pode ser endossado sob nenhum argumento democrático. Exalta também que uma centena de advogados tenham chamado a atenção da sociedade brasileira para não esquecer esses fatos e não relativizá-los. A aceitação dessa aberração democrática lançou as bases para o surgimento de discursos fascistas que, com ações violentas e desestabilizadoras, negam a democracia e as instituições que a sustentam.

“O Grupo de Puebla também reitera sua permanente solidariedade com a presidenta Dilma Rousseff e agradece a permanente disposição da presidenta em contribuir com as lutas democráticas de nosso continente e de seu próprio povo”.

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Veja agora os líderes que fazem parte do Grupo de Puebla:

  • Rafael Correa, ex-presidente do Equador;
  • Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai;
  • Manuel Torrijos, ex-presidente do Panamá;
  • Cecília Nicolini, Argentina;
  • Alicia Barcena, México;
  • Marco Enriquez-Ominami, Chile;
  • Andrés Arauz, Equador;
  • Ana Isabel Prera, Guatemala;
  • Karol Cariola, Chile;
  • Mônica Xavier, Uruguai;
  • Ricardo Patino, Equador;
  • Daniel Martinez, Uruguai;
  • Gabriela Rivadeneira, Equador;
  • Carlos Sotelo, México;
  • Carlos Ominami, Chile;
  • Aida García Naranjo, Peru;
  • Hugo Martínez, El Salvador;
  • Adriana Salvatierra, Bolívia;
  • Clara López, Colômbia;
  • Camilo Lagos, Chile;
  • Esperanza Martinez, Paraguai;
  • Ivan Cepeda, Colômbia; e
  • Guillaume Long, Equador.

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