Grupo de Puebla reafirma: "afastamento de Dilma em 2016 foi golpe"
De acordo com o fórum político, impeachment da ex-presidente foi o "início de uma escalada fascista" no Brasil
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247 - O Grupo de Puebla, formado por 39 líderes de esquerda, afirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 foi um "golpe". Segundo o Grupo de Puebla, o impeachment de Dilma foi o "início de uma escalada fascista" no Brasil. Disse que o episódio não deve ser "normalizado ou esquecido".
Em 2016, Dilma foi inocentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e por uma perícia feita por técnicos do Senado.
O fórum político disse que o mundo "está alarmado" com o "violento ataque fascista contra a democracia e as instituições brasileiras".
Leia a íntegra da nota:
“Defender a democracia exige não esquecer os ataques recebidos
“O afastamento da presidente Dilma Rousseff em 2016 foi um golpe, um ataque à democracia brasileira, e isso não pode ser normalizado ou esquecido. Hoje, quando o mundo está alarmado com o violento ataque fascista contra a democracia e as instituições brasileiras, não se pode esquecer que o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, vestido com uma suposta legalidade, foi o início de uma escalada fascista contra a democracia e as instituições democráticas brasileiras. Um acontecimento político de enorme magnitude e consequências, que renasce nos atos de violência e destruição que o mundo presenciou há algumas semanas em Brasília.
“O Grupo de Puebla denuncia mais uma vez que o afastamento da presidenta Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, o que não pode ser endossado sob nenhum argumento democrático. Exalta também que uma centena de advogados tenham chamado a atenção da sociedade brasileira para não esquecer esses fatos e não relativizá-los. A aceitação dessa aberração democrática lançou as bases para o surgimento de discursos fascistas que, com ações violentas e desestabilizadoras, negam a democracia e as instituições que a sustentam.
“O Grupo de Puebla também reitera sua permanente solidariedade com a presidenta Dilma Rousseff e agradece a permanente disposição da presidenta em contribuir com as lutas democráticas de nosso continente e de seu próprio povo”.
Veja agora os líderes que fazem parte do Grupo de Puebla:
- Rafael Correa, ex-presidente do Equador;
- Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai;
- Manuel Torrijos, ex-presidente do Panamá;
- Cecília Nicolini, Argentina;
- Alicia Barcena, México;
- Marco Enriquez-Ominami, Chile;
- Andrés Arauz, Equador;
- Ana Isabel Prera, Guatemala;
- Karol Cariola, Chile;
- Mônica Xavier, Uruguai;
- Ricardo Patino, Equador;
- Daniel Martinez, Uruguai;
- Gabriela Rivadeneira, Equador;
- Carlos Sotelo, México;
- Carlos Ominami, Chile;
- Aida García Naranjo, Peru;
- Hugo Martínez, El Salvador;
- Adriana Salvatierra, Bolívia;
- Clara López, Colômbia;
- Camilo Lagos, Chile;
- Esperanza Martinez, Paraguai;
- Ivan Cepeda, Colômbia; e
- Guillaume Long, Equador.
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