Grampeado e acusado de "comunista" pela milícia bolsonarista, delegado da PF deixa caso do laranjal

Após ser grampeado e perseguido pela milícia bolsonarista, o delegado responsável por coordenar as investigações sobre candidaturas de laranjas do PSL em Minas informou que deseja deixar todas as apurações que se desdobraram da denúncia inicial

(Brasília - DF, 22/04/2019) Reunião  com Marcelo Álvaro Antônio, Ministro de Estado do Turismo.
Foto: Marcos Corrêa/PR
(Brasília - DF, 22/04/2019) Reunião com Marcelo Álvaro Antônio, Ministro de Estado do Turismo. Foto: Marcos Corrêa/PR (Foto: Marcos Correa)


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 247 - Após ser grampeado e perseguido pela milícia bolsonarista, o delegado responsável por coordenar as investigações sobre candidaturas de laranjas do PSL em Minas informou que deseja deixar todas as apurações que se desdobraram da denúncia inicial, clusive a que trata da suspeita de caixa dois na campanha do hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.  

Segundo informa o jornal Folha de S.Paulo, o policial teria solicitado transferência para a área administrativa da PF. Durante as investigações, ele chegou a ser gravado de forma oculta por advogados. Os áudios depois foram usados num vídeo que circulou nas redes acusando-o de ser “comunista”, disparado pela milícia e robôs que operam nas trincheiras do bolsonarismo. 

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Entenda o caso "laranjal"

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio., deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de quatro candidaturas de laranjas, todas abastecidas com verba pública do PSL. Ele era presidente do partido em Minas e tinha o poder de decidir quais candidaturas seriam lançadas.

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No esquema ilícito, quatro candidatas laranjas do PSL receberam R$ 279 mil da verba pública de campanha da legenda, ficando entre as 20 que mais receberam dinheiro do partido no país inteiro.

Desse montante, pelo menos R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.

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