Gleisi: caso Santander mostra que o mercado está de mãos dadas com o golpe

Presidente nacional do PT condenou a declaração de Victor Candido, um dos economistas da instituição financeira, que escreveu um relatório no qual defende um golpe de estado para evitar o retorno de Lula ao poder. “É a junção do capitalismo selvagem com o fascismo, a pior combinação possível”, alertou a petista

(Foto: Pilar Olivares/Reuters | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert)


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247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais nesta quinta-feira (12), para condenar a declaração de Victor Candido, um dos economistas da instituição financeira do banco espanhol Santander, que escreveu um relatório, no qual defende um golpe de estado para evitar o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, que lidera com folga todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República em 2022.

“Declaração de economista do Santander sobre barrar Lula mostra como o mercado está de mãos dadas com o golpe pretendido por Bolsonaro e cia. É a junção do capitalismo selvagem com o fascismo, a pior combinação possível e a sociedade que se dane. Deplorável!”, disse Gleisi. 

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Após a nota ganhar notoriedade, a #SantanderGolpista tornou-se um dos assuntos mais comentados da rede social Twitter na manhã desta sexta-feira (13). 

Leia a íntegra da nota do economista do Santander:

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“Brasília, 11 de agosto de 2021 – nº 10464 

Sobre vários tipos de golpe 

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Um escritor alemão advertiu que a História, quando se repete, é como farsa e, ontem, o experimento do presidente Bolsonaro para repetir 1964 terminou como farsa, com seus blindados da Guerra do Vietnã e seus generais funcionários. Não há apoio social, nem apoio do establishment, nem radicalismo de esquerda para justificar uma aventura, que terminaria de forma melancólica com algumas prisões. Por fim, não há interesse do sistema político em um regime bolsonarista. 

Dito isso, é preciso reconhecer um problema na eleição de 2022: a perspectiva de retorno ao poder da máquina de corrupção do governo Lula. Basta comparar os esquemas de corrupção do Mensalão e do Petrolão com as aventuras cômicas de reverendos e militares da reserva tentando uma comissão na compra de vacinas pelo governo Bolsonaro. Os recursos desviados pelas máquinas políticas dos governos passados ainda não apareceram. Ou seja, se o sistema político e judicial, se o establishment político brasileiro acha cômico o governo Bolsonaro, o retorno de Lula e seus aliados representa uma ameaça bem mais séria. Hoje, Lira é o presidente da Câmara, mas sob um governo do PT, seria um modesto aliado abrigado em um cargo menor. 

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Em suma, ninguém apoiará um golpe em favor de Bolsonaro, mas é possível especular sobre um golpe para evitar o retorno de Lula. Ele era inelegível até outro dia, por exemplo, pode voltar a sê-lo”.

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