“Fora Bolsonaro é obrigação da esquerda”, diz Rogério Correia
Para o deputado federal do PT, “a esquerda não pode apenas olhar o que ele [o governo] faz e reagir, precisa criar um movimento amplo para a sociedade que esteja disposta a enfrentá-lo. Por isso o “Fora Bolsonaro” é uma obrigação que a esquerda deve ter”
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247 - O deputado federal mineiro Rogério Correia (PT) declarou, em debate com o jornalista Leonardo Attuch na TV 247, que o “Fora Bolsonaro” não é uma palavra de ordem imediata. Segundo ele, não se trata de levar o povo para a rua para derrubar Jair Bolsonaro imediatamente, pelo contrário, a palavra de ordem é necessária justamente para preparar o terreno para isso.
“É preciso criar um movimento que reflita o repúdio da sociedade brasileira contra esse governo, pelo conjunto da obra e também por uma série de atitudes que ele toma que são nitidamente passíveis de impeachment”, afirmou o deputado petista. Para Correia, trata-se de “um governo com características fascistas”, e que “se dependessem dele e das forças que o apoiam, já teria fechado o Congresso Federal e o Supremo Tribunal Federal” para exercer “um governo extremamente autoritário, por isso ele próprio defendeu a ditadura militar”. Isso porque, segundo o deputado, “Bolsonaro tem aversão ao processo democrático”.
O parlamentar defende que a esquerda não tenha uma política reativa e passiva diante do governo, mas que ela seja uma espécie de vanguarda, que crie um movimento para enfrentá-lo. “A esquerda não pode apenas olhar o que ele [o governo] faz e reagir, precisa criar um movimento amplo para a sociedade que esteja disposta a enfrentá-lo. Por isso o “Fora Bolsonaro” é uma obrigação que a esquerda deve ter”, reforçou.
Ele defende que o movimento “Fora Bolsonaro” seja incluído nos atos já marcados pela esquerda para acontecer em 8 de março, das mulheres; 14 de março, pelos dois anos da morte da vereadora Marielle Franco; e em especial no dia 18 de março, quando os trabalhadores e estudantes reagirão aos desmontes do governo.
Correia disse que não basta “esperar pelo povo”, já que tem o “fator subjetivo: como a existência de partido político, orientação prática e programática”. Para ele, se não atuar nesse sentido, “as coisas não vão acontecer espontaneamente”.
Sobre a administração do governo, o deputado denunciou o desastre econômico, que foi demonstrado pelo pibinho de 1,1%, afirmando que Bolsonaro tentou melhorar a economia "esfolando" os trabalhadores e mesmo assim não conseguiu. “O governo está em uma dificuldade econômica que já era prevista”, disse.
Segundo ele, isso está sendo defendido por uma parte da bancada petista até para aumentar o tamanho dos atos, pois o “Fora Bolsonaro” unifica as diversas pautas progressistas que estão colocadas na luta contra o governo. Inclusive declarou que há um movimento interno dentro do PT para articular esta luta. “Nós estamos articulando um movimento interno na bancada [do PT], que chamamos de esquerda petista”, ressaltou.
Unificar a luta através do “Fora Bolsonaro”, para o deputado mineiro, é importante para costurar “uma possibilidade real de movimento anti-bolsonarista”, o que é importante pois não dá para “aguentar mais três anos de um governo que está destruindo o Brasil”.
O deputado ainda defendeu que é preciso incluir no movimento os setores desiludidos com o bolsonarismo. “É preciso criar um sentimento anti-Bolsonaro que seja vigoroso, que possa inclusive atrair para o movimento setores que, no passado, possam ter tido uma ilusão com ele. Eu acho que a palavra de ordem 'Fora Bolsonaro' tem esse sentido unificador”, disse.
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