Folha publica novo ataque contra Zanin na véspera da decisão do presidente Lula
É o segundo disparo em apenas um dia – o que prova que o jornal da família Frias está em campanha contra o advogado
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247 – O jornal Folha de S. Paulo decidiu dobrar sua aposta na campanha que move contra a indicação ao Supremo Tribunal Federal do advogado Cristiano Zanin Martins, que defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demonstrou que ele foi vítima de lawfare – perseguição judicial ilegal empreendida pelo ex-juiz suspeito e hoje senador Sergio Moro.
Depois de publicar uma reportagem sobre uma babá que processou a família de Zanin numa clara tentativa de extorsão, em que se pediu R$ 35 mil para não levar o caso à imprensa, o jornal agora publica nova reportagem alegando que Zanin teria que se declarar impedido nas ações que envolvem Moro, acusado por Rodrigo Tacla Duran de cobrar uma propina de R$ 5 milhões para não prendê-lo quando era juiz por meio do advogado Carlos Zucolotto.
"Caso o advogado Cristiano Zanin Martins se torne ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) terá que enfrentar o dilema de seu desafeto, o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR), e analisar se irá se declarar suspeito de atuar em processos dos quais construiu uma imagem pública como adversário", escreve o jornalista José Marques, em reportagem destacada na manchete da Folha.
"O tema da suspeição tem sido levantado, inclusive, por pessoas próximas ao presidente Lula, que apontam que estrategicamente seria ruim indicar Zanin à primeira vaga na corte, já que a princípio ele ocuparia um posto na Segunda Turma, que julga casos da Lava Jato", prossegue o jornalista.
Ao contrário do que aponta a Folha, Zanin jamais demonstrou ser desafeto de Moro. Ele apenas demonstrou que Moro agiu ilegalmente contra Lula e por isso mesmo teve seu escritório de advocacia ilegalmente espionado. Não há nada, portanto, que o obrigue a se declarar suspeito nas ações que envolvem o ex-juiz paranaense.
Há a expectativa de que o presidente Lula indique o sucessor do ministro Ricardo Lewandowski nesta segunda-feira. Zanin é o favorito, mas também têm sido lembrados os nomes dos juristas Manoel Carlos, Pedro Serrano, Lênio Streck e Luiz Felipe Salomão.
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