Faxina não poupa ninguém, diz Dilma

Em encontro com jornalistas, presidente afirma que sero demitidos todos os diretores do Dnit e da Valec



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247 - Nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista informal a uma série de veículos impressos sobre diversos temas, como a crise nos Transportes e os preparativos para a Copa do Mundo. Leia, abaixo, o relato feito pela Folha de S. Paulo:

Sairão todos os integrantes do Dnit e da Valec", disse ontem a presidente Dilma Rousseff, referindo-se aos dirigentes que comandam essas duas instituições.

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) e a Valec, estatal de ferrovias, estão no centro da crise provocada por suspeitas de corrupção que derrubou a cúpula no Ministério dos Transportes.

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O Dnit tem seis diretores. A Valec, três. A presidente afirmou que as demissões ocorrerão "independentes" dos "endereços partidários".

A ideia de Dilma é fazer uma reestruturação do setor. Daí disse ter entendido ser necessário trocar todos os diretores dos órgãos.

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A informação foi dada ontem durante uma conversa no Palácio do Planalto com repórteres de cinco publicações da mídia impressa.

Apesar da "faxina" nos Transportes, a presidente disse que "não se pode demonizar a política". Referia-se de maneira indireta ao PR, principal responsável pelas indicações na pasta.

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POLÍTICA

A presidente procurou sempre um tom de neutralidade para agradar aliados e oposição. "Pelo fato que é do PT não significa que esteja certo. Pelo fato de ser da oposição não significa que esteja errado." Dilma tem se esforçado nos últimos dois meses para melhorar seu relacionamento com o meio político.

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COPA DO MUNDO

Dilma pretende garantir que exista boa conexão de internet de banda larga nas proximidades dos estádios. "Se as [empresas] privadas não fizerem, o governo faz. Fica como legado", afirmou.

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LEI DE ACESSO

O projeto de Lei de Acesso a Informações Públicas, em tramitação no Senado, será aprovado "tal qual veio da Câmara". Se aprovada, a lei acaba com o sigilo eterno, prorrogação sucessiva dos prazos em que documentos ficam longe do público.

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INFLAÇÃO

Indagada se o governo espera que a inflação faça a convergência para o centro da meta (4,5%) em 2012 ou 2013, a presidente não respondeu de forma precisa. Disse que o governo optou por manter "a economia crescendo consistentemente", embora num ritmo menor do que em 2010.

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Dilma afirmou que uma "política de convergência de curtíssimo prazo teria um efeito danoso para a economia". "Não queremos inflação sob controle com crescimento zero [da economia]".

Outra indicação de que o processo será moroso para trazer a inflação para o centro da meta veio na seguinte frase: "Estamos fazendo o chamado pouso suave, com uma taxa de crescimento e de emprego adequadas".

Em março, Dilma chegou a dizer que não permitiria que inflação voltasse "sob qualquer circunstância", e que ela seria uma "arara" no combate à alta de preços.

A presidente disse considerar "correta" a política de juros do Banco Central. Nesta semana a taxa básica foi elevada a 12,50% ao ano.

CÂMBIO

Quando o assunto foi a taxa de câmbio, com o real valorizado, respondeu com uma pergunta: "Você acha que a gente pode fazer alguma coisa se a gente não sabe se o pessoal está brincando na beira do abismo ou se já criou uma rede de proteção?", em referência à situação nos EUA e na Europa.

Dilma disse não saber se haverá calote da dívida dos EUA, algo que disse considerar "uma coisa absurda". Para a presidente, as atuais incertezas no cenário internacional não permitem ao Brasil tomar muitas decisões agora a respeito de câmbio.

"O mundo está andando de lado. Deixa ele andar um pouco para frente que a gente decide." Confrontada com a declaração recente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse estar perdendo o sono por causa da valorização do real, a presidente reagiu com bom humor: "É bom a gente não dormir. A gente fica alerta. O Guidinho de olhos abertos".

MUNDO

Dilma falou sobre as dificuldades econômicas na Europa e Estados Unidos. Segundo a presidente, quando o governo brasileiro perceber "ameaça" de contaminação por causa da crise no mundo desenvolvido, serão tomadas "medidas duras".

POLÍTICA INDUSTRIAL

A presidente confirmou que vai lançar medidas no próximo dia 2 de "incentivo para a exportação de manufaturados". O Programa de Inovação do Brasil tentará ajudar a indústria nacional.

As medidas devem incluir quatro aspectos: 1) agregação de valor; 2) compras do governo; 3) política comercial e 4) exportação.

Em 9 de agosto, será anunciada uma "melhorada boa no Supersimples" -sistema de coleta de impostos que atende a micros e pequenas empresas. A ideia é ampliar a abrangência do programa.

"Na sequência"", segundo Dilma, haverá desoneração da folha de pagamento das empresas, para incentivar o aumento do emprego formal.

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