Fachin tenta impedir julgamento da suspeição de Moro e pede adiamento da sessão da Segunda Turma do STF
Edson Fachin decidiu no início da tarde desta terça-feira pedir o adiamento da sessão da Segunda Turma do STF convocada por Gilmar Mendes para julgar a suspeição de Moro. Ele mandou o pedido para que o presidente do STF, Luiz Fux, resolva a divergência. Fux não adiou. Sessão começou 14h10 e Fachin pediu seu cancelamento. Assista
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247 - Após o anúncio de que a Segunda Turma colocaria em julgamento a suspeição do ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu no início da tarde desta terça-feira pedir o adiamento desse julgamento e o envio do caso para o presidente do STF, Luiz Fux, resolver a divergência. No entanto, a sessão começou às 14h10, pois Fux não atendeu ao pedido. Logo ao início, Fachin solicitou o cancelamento. Assista abaixo.
Fachin quer que o plenário do STF debata se a Segunda Turma pode analisar o caso. A alegação do ministro é que, com sua decisão desta segunda-feira (9) de anulação dos processos da Lava Jato de Curitiba, não haveria mais razão para julgar a suspeição de Moro. Gilmar Mendes discorda e insiste na sessão da Segunda Turma pelo julgamento do caso, uma vez que o caso já corre nesse colegiado, como sustentou no início da sessão desta terça.
Moro é acusado de agir arbitrariamente para sentenciar o ex-presidente Lula no âmbito da operação Lava Jato. Na segunda, após anular as condenações de Lula, Fachin declarou que o processo de suspeição de Moro tinha o perdido o objeto e não precisava mais ser julgado -- com isso, buscava proteger as investigações da Lava-Jato de eventuais impactos caso Moro fosse considerado suspeito
A decisão de Fachin acirra a disputa com o ministro Gilmar Mendes, da ala anti-Lava Jato do STF. Gilmar Mendes havia pedido vista e segurava o julgamento da suspeição de Moro há meses, mas decidiu recolocar em julgamento após a entrada do ministro Kássio Marques, por ter certeza de que a condenação de Lula seria anulada.
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