Ex-assessor de Lira, preso com dinheiro coloado ao corpo, retorna à Câmara em novo grupo político

Caso do assessor está diretamente ligado à denúncia de corrupção passiva contra Arthur Lira, que será analisada após mais de dois anos parada no STF

Arthur Lira
Arthur Lira (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)


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247 - Após ter sido detido em 2012 no aeroporto de Congonhas com R$ 106 mil em dinheiro vivo escondido sob a roupa, Jaymerson José Gomes de Amorim, ex-assessor parlamentar de Arthur Lira (PP-AL), voltou a trabalhar na Câmara dos Deputados neste ano, agora integrando um grupo político adversário ao presidente da Casa, informa o jornal Folha de S. Paulo. O caso envolvendo Jaymerson faz parte de uma denúncia contra Lira no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode ter um desfecho  nesta terça-feira (6), após mais de dois anos e meio de espera.

Jaymerson passou a trabalhar com o deputado Luciano Amaral (PV-AL) desde o início da legislatura atual, em fevereiro deste ano. Nomeado inicialmente como secretário parlamentar e, posteriormente, ocupando um cargo de natureza especial, Jaymerson recebeu um salário de R$ 21.096,34 em abril. Amaral, que é apoiador do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e aliado do grupo político do senador Renan Calheiros (MDB-AL), confirmou a nomeação de Jaymerson e destacou sua competência como funcionário, ressaltando não ter relação com os fatos do processo envolvendo Lira.

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O caso de Jaymerson está ligado à sua detenção no aeroporto de Congonhas em 2012, quando tentou passar pelo raio-X com maços de dinheiro escondidos sob as roupas. Segundo as considerações, o então assessor teria sido orientado por Lira a dissimular a origem do dinheiro caso fosse flagrado. A denúncia contra Lira, aceita pela Procuradoria-Geral da República, alegando que o dinheiro transportado por Jaymerson era um pagamento feito a Lira por Francisco Colombo, então presidente da estatal CBTU. Jaymerson foi exonerado do cargo dias após o incidente e, posteriormente, mudou sua versão dos fatos.

O STF aceitou a denúncia por corrupção passiva contra Lira em 2019, mas o ministro Dias Toffoli pediu vista em novembro de 2020 durante a análise de um recurso contra o recebimento da denúncia, paralisando o processo por um longo período. Agora, o caso está novamente em pauta para análise pela Primeira Turma do STF, e três votos já indicam a rejeição do recurso, embora haja possibilidade de mudança de voto.

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