Em queda, Russomanno se descola de Bolsonaro e diz ser favorável à vacina chinesa
Em uma vertiginosa queda nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno afirmou na manhã desta sexta-feira que, caso seja eleito, faria convênio com o Instituto Butantan para a compra da vacina produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech
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247 - Ao que tudo indica, a aposta do candidato à prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) de promover uma dobradinha com Jair Bolsonaro está rendendo uma vertiginosa queda nas pesquisas.
Após levantamento do Datafolha indicar nesta quinta-feira (22) que o candidato perdeu sete pontos percentuais, chegando a 20%, Russomanno resolveu se afastar de Bolsonaro e indicou nesta sexta-feira (23) apoio à produção da vacina CoronaVac, produzida num convênio do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
“Se for aprovada pela Anvisa, sem problema nenhum. Sou totalmente favorável à vacina. Quero que ela fique pronta e quero tomar a vacina também”, disse Russomanno.
O tom do candidato é o oposto do utilizado por Bolsonaro, que travou uma cruzada contra a Coronavac. Nesta quarta-feira (21) ele cancelou o acordo firmado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O acordo previa a edição de medida provisória para disponibilizar crédito de R$ 1,9 bilhão para a compra das vacinas.
“Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid 19", afirmou Bolsonaro a ministros.
Bolsonaro também lançou ataques xenofóbicos contra a China e disse não confiar na garantia de eficácia do imunizante chinês.
A rompante de Bolsonaro diz respeito a dois fatores: seguir a linha de Donald Trump de guerra ideológica contra a China, responsável por 40% das exportações brasileiras, e também pelo fato de o governador João Doria (PSDB-SP), possível candidato em 2022, estar em parceria na produção da vacina CoronaVac.
A crise ganhou novos capítulos quando o instituto Butantã acusou a Anvisa, agência que regula a qualidade da vacina, de atrasar a aquisição de insumos para a produção da vacina CoronaVac.
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