Em 'pax' hoje, PT e PMDB irão à guerra em 2012

Partidos da presidente Dilma e do vice Temer sero adversrios nas eleies para as prefeituras das capitais, exceo do Rio de Janeiro; a ordem nas cpulas abater, amanh, o aliado de hoje; "o partido existe para a eternidade, mas governo tem prazo", justificou o peemedebista Eliseu Padilha ao 247



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Evam Sena_247, em Brasília – A aliança nacional entre PT e PMDB, que elegeu a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer, não se repetirá na maioria dos municípios nas eleições para prefeito em 2012. Entre as principais capitais, os dois partidos só deverão estar unidos no Rio de Janeiro.

A ordem é a mesma em ambas as legendas: candidato próprio onde for possível. A única exceção deve ocorrer no município do Rio, onde, PT e PMDB devem repetir a aliança que elegeu Eduardo Paes (PMDB) em 2008. A vice já foi oferecida aos petistas.

Em São Paulo, o vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, insiste em lançar o deputado Gabriel Chalita como candidato a prefeitura, com o apoio do partido. O PT não abre mão de ter seu candidato, muito provavelmente o ministro da Educação Fernando Haddad. Uma aliança só seria possível em troca de mais um ministério para o PMDB.

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A presidente Dilma Rousseff já entrou nas negociações e chamou Chalita para assumir o Ministério do Turismo, com a saída de Pedro Novais (PMDB), o que foi recusado por Temer. O Ministério da Educação, que ficará livre com a saída de Haddad, porém, pode ser uma oferta irrecusável para o PMDB.

Em Belo Horizonte, o cenário é incerto. O PMDB deixou a base de apoio ao prefeito Márcio Lacerda (PSB), por insatisfação com o PT. O político do PSB tem ao mesmo tempo o apoio do PT e do PSDB. A aliança entre os dois partidos dá sinais de que não vai se repetir, com a discordância de petistas em coligar-se com tucanos, e com a disposição do PSDB em lançar candidato próprio.

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PT e PSDB dizem que querem acompanhar Lacerda, mas que não estarão juntos na coligação. A decisão deverá ser tomada pelos diretórios nacionais. Por fora, o PMDB anuncia que vai lançar o deputado federal Leonardo Quintão. Os peemedebistas mineiros dão como mais provável a continuação do PT na chapa do atual prefeito tentam atrair o o PSDB.

Em Porto Alegre, PT e PMDB, adversários há mais de 10 anos, podem estar juntos para a reeleição do atual prefeito José Fortunati (PDT). A aliança só não será aceita pelo PMDB se a vice for dada para um petista, proposta já feita pelo PDT em carta. O PT pode ainda apoiar a deputada federal Manuela D’ávila (PCdoB) ou lançar a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), que já manifestou intenção de não concorrer.

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Em Curitiba, o PMDB, embora faça parte da base do governador Beto Richa (PSDB), não apoia o prefeito Luciano Ducci (PSB), que é aliado ao governador. O senador Roberto Requião (PMDB), adversário histórico de Richa, quer lançar o ex-prefeito Rafael Greca como prefeito, mas sofrerá resistência de ala governista do partido. Já o PT, ou lançará candidato próprio, ou apoiará Gustavo Fruet, caso ele vá para o PDT.

Em outras capitais, PT e PMDB irão se enfrentar frente a frente. Em Salvador, o governador Jaques Wagner (PT) vai lançar o deputado federal Nelson Pellegrino, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) tenta a filiação do apresentador de rádio Mário Kertész. Em Recife, o prefeito João Costa (PT) tentará reeleição, e o PMDB vai lançar o deputado federal Raul Henry, com o apoio do PSDB, DEM e PPS.

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Nas palavras do presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o PMDB vai se mostrar um partido independente nas eleições do ano que vem. “Temos uma aliança nacional, mas nos municípios, não temos obrigação de coligarmos com o PT”, disse o senador.

Para o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que fez campanha para José Serra (PSDB) no ano passado, o PMDB, por ter o maior número de prefeituras, tem que se preservar. “Os outros partidos querem nos atrair para nos enfraquecer. O partido existe para a eternidade, e o governo tem prazo”, disse ao Brasil247.

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Para o secretário de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PT-PR), o distanciamento entre PT e PMDB nas eleições municipais não interfere na aliança nacional. “É municipal, né? Todo partido quer militar no primeiro turno. No segundo turno, aumentam as chances de aliança”, analisou.

 

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