Em nova petição sobre a Lava Jato, defesa de Lula aponta ocultação de provas e parceria entre MP e Gabriela Hardt
Advogados revelam novos fatos gravíssimos com base em conversas obtidas pela Operação Spoofing, entre eles a ocultação de provas da inocência do ex-presidente, inclusive com adulteração de termo de depoimento, escolha de alvos nas instâncias superiores, combinação entre MP e juíza e também para entregar provas e obter recursos
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247 - Em petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou para a necessidade de diligências do Judiciário contra as condutas ilegais da Operação Lava Jato, após um novo pacote de mensagens apontar que a procuradora Carolina Rezende citou o petista como o principal alvo da Operação Lava Jato ao escrever "precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1)". Ela integrava a equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot em 2016, quando ocorreu a troca de mensagens.
A defesa também citou uma parceria entre a juíza Gabriela Hardt e o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), uma postura da magistrada e de procuradores que fere a equidistância entre quem julga e quem acusa.
"De fato, em 19.12.2018 o procurador da República DELTAN DALLAGNOL informou aos demais procuradores da 'Lava Jato' que havia combinado com 'Gabriela' a criação de uma 'planilha google' na qual seriam colocadas as prioridades do órgão acusador – com a classificação de prioridade 1, 2 ou 3, dentre outras coisas", destacou a petição.
Em 19 de dezembro de 2018, após Sérgio Moro aceitar o cargo de ministro da Justiça, o procurador Deltan Dallagnol disse em um chat para os colegas de MPF: "Gente, importante: 1) Gabriela não sabe o que é prioridade. Há 500 processos com despacho pendentes e não sabe o que olhar. Combinei de criarmos uma planilha google e colocarmos o que é prioridade pra gente".
Na petição, a defesa de Lula afirmou que o novo pacote de mensagens reforçou "o contexto de caçada judicial" contra o petista "com o aval da Procuradoria-Geral da República em sua antiga gestão".
O documento destacou, como fatos graves, a "ocultação de provas de inocência em favor do Reclamante" e a "prática de diversos atos combinados para criar um ambiente artificial de culpabilidade" contra o ex-presidente. "Na primeira instância, os procuradores da 'Lava Jato' tramavam acordos de delação a toque de caixa com o objetivo de impor condenações injustas ao Reclamante".
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