Em campanha antecipada, Bolsonaro exclui governadores adversários de inaugurações
No giro atual iniciado no dia 30 de julho, após se recuperar do coronavírus, Jair Bolsonaro esteve em 12 estados e deixou de comunicar oficialmente a sua presença para quatro chefes de executivo - João Doria (PSDB), de São Paulo; Wilson Witzel (PSC), do Rio, que ainda estava cargo; e os petistas Rui Costa, da Bahia, e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte
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247 - Fazendo política como se ainda estivesse em cima do palanque eleitoral, Jair Bolsonaro excluiu de inaugurações de obras governadores vistos por ele como adversários. No giro atual iniciado no dia 30 de julho, após se recuperar do coronavírus, ele esteve em 12 estados e deixou de comunicar oficialmente a sua presença para quatro chefes de executivo - João Doria (PSDB), de São Paulo; Wilson Witzel (PSC), do Rio, que ainda estava cargo antes de ser afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ); e os petistas Rui Costa, da Bahia, e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.
"Ele não me convidou, nem avisou que estava vindo oficialmente. Eu soube pela imprensa. Nem ele nem os ministros, a maioria deles, quando vêm a Bahia sequer avisam. Alguns poucos (ministros) têm a delicadeza de avisar", afirmou Rui Costa sobre a viagem de Bolsonaro a Campo Alegre de Lourdes no dia 30 de julho.
Neste sábado (5), Bolsonaro fez críticas contra o que chamou de "projetos ditadores nanicos" espalhados pelo País de prefeitos e governadores ao se referir a medidas contra a Covid-19.
Ao jornal O Globo, o cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV, disse que Bolsonaro "transformou o federalismo em campo de batalha para sua reeleição e a eliminação de adversários". "Nenhum presidente fez isso no Brasil. Isso enfraquece a democracia brasileira e prejudica as políticas públicas, pois elas dependem da articulação entre os níveis de governo. O resultado disso é o desastre em políticas como Educação e Saúde", disse.
No dia 21 de agosto, Bolsonaro também visitou cidades Mossoró e Ipanguaçu, no Rio Grande do Norte. A governadora Fátima Bezerra também não recebeu qualquer aviso ou convite, segundo sua assessoria.
Desde julho, Bolsonaro esteve três vezes no estado de São Paulo. A última visita aconteceu nessa sexta-feira (4), onde visitou a região do Vale do Ribeira. O governo paulista foi comunicado.
No dia 14 de agosto, Bolsonaro foi ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), unidade sob comando do governo estadual, sem comunicar Wilson Witzel.
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