Em ascensão, Eduardo Campos se distancia do PT
Governador pernambucano, que semovimenta como eventual presidencivel ou possvel vice em 2014, anuncia posio clara contra a regulamentao dos meios de comunicao; habilidoso, elej constri pontes esquerda e direita
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Questionado sobre a retomada da discussão sobre regulação da mídia, proposta no Congresso do PT, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse que, nesta questão, "a posição do PSB não é a posição que o PT tomou". "Entendemos que a construção de democracia no Brasil foi feita a muito custo e um dos valores importantes da democracia é a imprensa livre", disse.
"O grande controle da mídia vai ser feito pela cidadania. Se vejo uma mídia defender uma causa em que não acredito, simplesmente não consumo aquela mídia, falo mal dela e passo para outra. O grande controle que podemos fazer é dar consciência à sociedade, melhorar a educação e a inclusão para que o cidadão faça este controle, não consumindo a mídia que trabalha com valores que não são de interesse do País", acrescentou o governador.
Campos evitou comentar a decisão do PT de estimular retomar a proposta de regulação, iniciada no governo Lula. "É muito ruim fazer avaliação do congresso de um partido parceiro. Eles acharam que era hora de fazer o debate. No nosso congresso, que acontecerá em dezembro, esta questão não está em pauta. Estamos preocupados com a economia, com a pauta da exportação da indústria brasileira, com geração de inovação tecnológica, educação, saúde pública", disse Campos.
Leia, abaixo, perfil do governador pernambucano publicado hoje cedo no 247:
247 - Eduardo Campos está em todo lugar. E por todos os lados. O governador de Pernambuco, que se reúne com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira para tratar de questões do estado e tem andando pra cima e pra baixo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve na semana passada em Belo Horizonte para confirmar a aliança local com o PSDB, visando à reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB) na capital mineira. Aonde o governador pernambucano quer chegar se movimentando com tanta intensidade?
Governador eleito com a maior proporção de votos (82,84%) nas últimas eleições, Campos estaria preparando terreno para o pleito de 2014 e sua “agenda de campanha” mostra que Pernambuco já não é grande o bastante para o presidente do PSB. Há quem diga, contudo, que o governador mira 2018, depois de um provável segundo mandato de Dilma Rousseff. E, nesse caso, o lado que Campos adotaria (PT ou PSDB) ficaria em aberto até lá.
A reunião da semana passada em Minas ocorreu duas semanas depois de os tucanos confirmarem apoio à candidatura da deputada Ana Arraes (PSB-PE) ao Tribunal de Contas da União e contou com a presença senador Aécio Neves. Não bastasse, o presidente nacional do PSB também já se aproximou do PSD, em vias de ser criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O partido do prefeito já sinalizou apoio à candidatura de Ana Arraes.
O presidente nacional do partido socialista já foi apontado como possível candidato a vice-presidente do Aécio Neves pelo PSDB, ao mesmo tempo em que é considerado para uma futura chapa de Dilma Rousseff à reeleição – se a opção do PT for por Lula, a opção por Eduardo Campos parece ainda mais natural. Mas o nome de Eduardo Campos como alternativa a cabeça de uma chapa à Presidência vai ganhando força a cada dia.
Um dos entusiastas dessa candidatura, por exemplo, é o também pernambucano Ricardo Flores, presidente da Previ. A imagem de bom gestor do presidente nacional do PSB já está consolidada em Pernambuco e, por extensão, no Nordeste. A posição de Campos é tão confortável que resta apenas decidir de que lado estará em 2014. Enquanto isso, é só seguir a agenda de campanha.
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